ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, preso nesta segunda-feira (15), apontado como um dos autores do bárbaro assassinato de três motoristas de aplicativos ocorridos entre os dias 11 e 14 de abril, afirmou durante depoimento que "sentiu prazer ao praticar a primeira execução e desenvolveu gosto pela ação criminosa". Ele declarou que, "se não tivessem sido presos, teriam continuado a assassinar um motorista por dia, pois passaram a se deleitar com os homicídios".
As vítimas são Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42 anos. Todos foram sequestrados e mortos a facadas. Os corpos foram localizados após a prisão dos três envolvidos.
A informação foi divulgada pelo delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que participa das investigações do caso. Além de Lucas, dois menores de 17 e 15 anos também foram presos. "Em depoimento, eles afirmaram ter sentido prazer ao cometer o crime e, inclusive, comemoravam o que tinham feito após as execuções", relatou o delegado.
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As investigações também encontraram vídeos em que os suspeitos aparecem dançando como forma de celebração pelos crimes que acabaram de cometer.
Conforme as investigações, independentemente de as vítimas reagirem ou não, todas seriam mortas, sem exceção. Os crimes começaram na quarta-feira (10), quando os suspeitos sequestraram um motorista de aplicativo que era evangélico e suplicou por sua vida, mostrando uma foto de sua família. "Nesse momento, o menor de 15 anos apelou pela vida dessa vítima e pediu para não ser morta. A partir daí, eles decidiram não poupar mais ninguém".
Os três criminosos se conheceram em uma praça e o delegado Nilson alerta para que os pais cuidem e monitorem seus filhos quando sairem as ruas.
O segundo roubo, já com a morte da primeira vítima, foi cometido na quinta-feira (11). O segundo na noite do sábado (13) e o terceiro no domingo (14), todos em Várzea Grande.
O delegado Olímpio, também revelou que as chamadas feitas pelos motoristas de aplicativos estavam sendo realizadas em nome de uma mulher, cujos nomes não foram revelados.
Em depoimento, o delegado explica que eles anunciavam o sequestro assim que entravam dentro do carro. Eles criavam uma rota para atrair as vítimas e poder matá-las.
O delegado explica que a realização do flagrante ocorreu durante a madrugada, os menores foram encaminhados para a Delegacia de Adolescentes, já o maior encaminhado para a audiência de Custódia. "Os três estão a disposição da Justiça.
Com relação a sensação de segurança da sociedade, o delegado afirma que "a gente vive infelizmente em uma sociedade que não é livre de criminalidade e nós brasileiros temos que conviver com isso. Por mais que a Polícia Civil de Mato Grosso tenha todo esse empenho para dar uma resposta, isso não some em um passe de mágica... Saímos para trabalhar todos os dias porque temos que levar o pão de cada dia para casa e isso aí não vai diminuir em razão da periculosidade do nosso ambiente".
Já o delegago Farias orienta que as pessoas que trabalham e dependem do Uber para sobreviver "podem continuar trabalhando, porque, quando são presos e solucionados um caso desses, esses individuos são estirpados da sociedade. Eles vão ficar presos. O Ministério Público tem essa conciência. O promotor, o Judiciário também. Então nós trabalhamos em prol da Segurança Pública. Então, a partir do momento que essas pessoas são presas volta tudo a normalidade, porque não é todo dia que nós temos casos como esse inclusive, passa a ser um caso emblemático e dificilmente, semana que vem vai aparecer mais três pessoaspraticando atos dessa magnitude. Continuem trabalhando e tomem cuidado dependendo da chamada, tenha receio sim. Verifique quantidade de chamadas que esses cidadãos tem... 3 horas da manhã fica esperto;.. Motorista verificando tudo isso aumenta a segurança dele".