PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A morte da idosa L.A.R., de 85 anos, no dia 30 de maio de 2025, em Cuiabá, vítima de pneumonia broncoaspirativa, resultou em uma grave denúncia de negligência contra a cuidadora Celma Batista Araújo.
O filho da paciente, o jornalista Edson Ribeiro, acusa a profissional de ter contribuído para o agravamento do quadro de saúde da mãe com práticas inadequadas e questiona a legalidade de sua formação.
Segundo o denunciante, a profissional teria oferecido café à paciente, mesmo acamada e com histórico de dificuldades para deglutição, o que pode ter provocado a broncoaspiração que evoluiu para pneumonia e, posteriormente, septicemia.
Mais grave ainda é o fato de que a cuidadora atuava com a anuência do curador provisório da idosa, o advogado Zelito Oliveira Ribeiro, irmão do denunciante.
A situação já havia sido registrada em boletim de ocorrência no dia 7 de maio, na 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande, 23 dias antes do óbito, relatando a alimentação inadequada com marmitas compradas em bares e a ausência de acompanhamento clínico especializado.
ACOMPANHE: Tenha notícias exclusivas no WhatsApp acessando o link: (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no Instagram e acompanhe as notícias e conteúdos (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no X antigo Twiter tenha acesso as notícias e conteúdos (clique aqui)
A idosa, diagnosticada com Alzheimer em estágio avançado, havia recebido alta hospitalar em 23 de maio, após episódios de desnutrição e infecção pulmonar. Mesmo com recomendações médicas específicas, ela permaneceu sob cuidados domiciliares sem supervisão de profissionais da saúde, como enfermeiros, nutricionistas ou fonoaudiólogos.
No dia 28, foi levada às pressas de volta ao hospital apresentando sinais de broncoaspiração. Dois dias depois, faleceu. A certidão de óbito indica pneumonia broncoaspirativa com septicemia como causa da morte, apontando negligência na alimentação e na assistência clínica.
Cursos clandestinos e certificados suspeitos
A denúncia também trouxe à tona indícios de irregularidade na formação da cuidadora. Celma Araújo apresentou certificados de cursos emitidos por entidades privadas sem registro oficial, como o “Sistema Nacional de Ensino” e a empresa “Alfa Cuidadores”.
Nenhum dos documentos possui reconhecimento do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Estadual de Educação ou do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (COREN-MT).
A família da idosa cobra das autoridades uma investigação rigorosa sobre a atuação de cuidadores não qualificados e o funcionamento de cursos clandestinos que oferecem formação sem respaldo legal.