Coronel do Exército é preso pela Polícia Civil de BH por suposto envolvimento na morte de advogado Roberto Zampieri
O advogado foi brutalmente assassinado, com pelo menos 10 tiros, na saída do seu escritório em Cuiabá
ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Divulgação
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ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Um coronel do Exército Brasileiro foi preso nesta segunda-feira (15), em Belo Horizonte (MG), por suspeita de ter financiado o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em Cuiabá, em dezembro passado. Além do mandado de prisão, a Polícia Civil cumpriu ordem de busca e apreensão na residência do militar. O coronel é o quarto a ser preso por suposto envolvimento na morte do jurista. Confira o vídeo no final desta matéria.
Outras três pessoas já foram detidas: uma empresária, que teria sido a mandante do crime, o executor e ainda outro investigado por ter intermediado o assassinato. Todos foram presos em Minas Gerais. Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.
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Relembre o caso
No sábado (23), os investigados por matar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, foram transferidos para Cuiabá. O autor dos disparos, o intermediário e a mandante do crime, foram transportados em aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública (Ciopaer).
Os três presos foram escoltados por equipes da Polícia Civil até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para os registros necessários na investigação e requisição de exames de corpo de delito. Após os exames, os dois homens serão encaminhados à Penitenciária Central do Estado (PCE) e a mulher à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá. Todos os presos passaram por audiência de custódia na Justiça de Minas Gerais e tiveram as transferências para Mato Grosso autorizadas.
Prisões
O autor dos disparos contra o advogado foi preso na quarta-feira (20), em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, com apoio do Departamento Estadual de Homicídios. Ele foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá. Segundo o delegado, o homem confessou que atirou contra o advogado, que morreu após ser baleado com pelo menos 10 tiros dentro do próprio carro, em frente ao escritório onde trabalhava.
A empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo, de Patos de Minas, também foi presa na quarta-feira (20) suspeita de ser a mandante do crime. Já o terceiro envolvido, que seria o intermediário entre a empresária e o atirador, foi preso na sexta-feira (22). Ele é apontado como o responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.
As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o atirador pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime. O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.