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Polícia Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2024, 16:05 - A | A

29 de Janeiro de 2024, 16h:05 A- A+

Polícia / "VIGILÂNCIA APROXIMADA"

Abin vai apurar se equipamento apreendido pela PF pertence à agência de inteligência

Segundo a Agência Brasileira de Inteligência, todo acesso do ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem foi cortado em março de 2022

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já abriu um procedimento para verificar se parte dos equipamentos apreendidos pela Polícia Federal, na Operação "Vigilância Aproximada", nesta segunda-feira (29), pertencem à corporação. Nesta nova fase, a PF busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin por meio de ações clandestinas. Ao todo foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em uma em Angra dos Reis (RJ), cinco no Rio de Janeiro, um em Brasília (DF), um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).

Na última sexta (26), a Abin já havia aberto um procedimento para apurar por que equipamentos do órgão ainda estariam em posse do ex-chefe da Abin, entre de julho de 2019 a março de 2022, e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Ramagem é alvo de investigação da Polícia Federal por suposto monitoramento ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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Durante busca e apreensão nos endereços ligados ao parlamentar na última quinta-feira (25), a Polícia Federal apreendeu um celular e um notebook pertencentes à Abin. Também foram encontrados diversos pendrives físicos, cuja investigação apura se também pertence à agência de inteligência.

Segundo a Abin, Ramagem participou de processo de devolução de carga patrimonial e devolveu celulares e notebook. Porém, agora a Abin apura que equipamentos seriam esses que ainda estariam com o parlamentar quase dois anos deixar o comando da agência.

Ainda de acordo com o órgão, todo o acesso de Ramagem foi cortado em março de 2022, quando ele deixou o cargo. E mesmo que tenha mantido os equipamentos em sua posse não tem acesso aos sistemas.

Em entrevista à CNN Brasil, Ramagem declarou que entregou os equipamentos atuais e afirmou que uma análise simples pode comprovar que não havia nenhum acesso ao sistema da Abin.

“Eu entreguei os que eu tinha atual, e alguns da Abin estavam no canto eles não estão sendo utilizados. A perícia vai poder dizer que claramente eu não utilizo há uns três anos ou mais. Eu nem sabia que eles eram da Abin. São cautelas minhas, não têm acesso a sistema algum, conexão alguma com a Agência Brasileira de Inteligência”, disse Ramagem.

 

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