“Somos positivos em nossa avaliação da abordagem da China para resolver a crise ucraniana”, disse o presidente russo, de acordo com uma transcrição em russo no site do Kremlin.
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“Em Pequim, eles realmente entendem suas causas fundamentais e seu significado geopolítico global”, afirmou, acrescentando que os princípios adicionais, estabelecidos por Xi em conversas com o chanceler alemão Olaf Scholz, foram “passos realistas e construtivos” que “desenvolvem a ideia da necessidade de superar a mentalidade da guerra fria”.
Pequim apresentou um documento de 12 pontos há mais de um ano que estabelecia princípios gerais para o fim da guerra, mas não entrou em detalhes específicos.
Na época, o documento teve uma recepção morna tanto na Rússia quanto na Ucrânia, enquanto os EUA disseram que a China estava se apresentando como pacificadora, mas refletindo a “falsa narrativa” da Rússia e deixando de condenar a invasão.
No mês passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chamou a proposta de “plano razoável que a grande civilização chinesa propôs para discussão”.
Os princípios adicionais de Xi exigem um “esfriamento” da situação, condições para restaurar a paz e criar estabilidade e minimizar os impactos sobre a economia mundial.
A Rússia vê o conflito como uma luta contra o “Ocidente coletivo”, que não levou em conta as preocupações de segurança de Moscou ao promover a expansão da Otan para o leste e a atividade militar perto de suas fronteiras.
A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação especial” para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos fascistas. A Ucrânia e o Ocidente dizem que a alegação fascista não tem fundamento e que a guerra é um ato de agressão não provocado.
A Rússia e a China proclamaram uma relação “sem limites” poucos dias antes de Moscou lançar sua invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022, mas Pequim tem evitado até agora fornecer armas e munições reais para o esforço de guerra da Rússia.
O plano de paz do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky exige a retirada das tropas russas, a restauração de suas fronteiras pós-soviéticas de 1991 e a responsabilização da Rússia por suas ações.
Uma “cúpula de paz” está programada para a Suíça em junho. Mas a Rússia não foi convidada, rejeita a iniciativa como sem sentido e diz que as negociações devem levar em conta as “novas realidades”.
A China participou de algumas conversas preparatórias para a cúpula, e a Ucrânia fez grandes esforços para persuadi-la a participar.