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Geral Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 14:08 - A | A

11 de Junho de 2025, 14h:08 A- A+

Geral / TRABALHO ESCRAVO

Mulher é resgatada de trabalho análogo à escravidão após 22 anos em casa de família em Manaus

Vítima começou aos 12 anos como empregada doméstica sob promessa de estudo e boa condição de vida, mas foi submetida a jornadas exaustivas, sem salário fixo ou direitos trabalhistas

DA REDAÇÃO

Uma mulher de 34 anos foi resgatada nessa quinta-feira (5/6) de uma situação de trabalho análogo à escravidão no bairro Ponta Negra, em Manaus (AM).

Ela vivia há 22 anos como empregada doméstica, sem salário fixo, sem carteira assinada, sem direito à educação e submetida a jornadas exaustivas.

A vítima começou a trabalhar aos 12 anos, após a promessa de que cuidaria de uma idosa, seria bem tratada e teria a oportunidade de estudar.

Com o passar dos anos, porém, passou a prestar serviços a diferentes membros da mesma família, sem qualquer garantia trabalhista. Como forma de pagamento, recebia apenas moradia, alimentação e, eventualmente, pequenas quantias em dinheiro.

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A situação foi identificada por uma força-tarefa coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), após investigações iniciadas no último dia 27 de maio.

A operação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública da União (DPU).

De acordo com o MTE, a vítima vivia em um quarto sem ventilação, sem guarda-roupa e em condições precárias. Em depoimento, relatou que chegou a trabalhar descalça e, em alguns períodos, não tinha acesso a itens básicos de higiene pessoal. Ela também nunca frequentou a escola e realizava diversas tarefas domésticas em uma residência de grande porte, além de ajudar na produção de doces comercializados pela família.

Durante todo o período, os responsáveis alegavam que ela “fazia parte da família” para justificar a ausência de vínculo formal e os pagamentos esporádicos.

Após o resgate, a trabalhadora recebeu atendimento psicossocial da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC) e foi reintegrada à sua família biológica. 

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