DA REDAÇÃO
Uma mulher de 34 anos foi resgatada nessa quinta-feira (5/6) de uma situação de trabalho análogo à escravidão no bairro Ponta Negra, em Manaus (AM).
Ela vivia há 22 anos como empregada doméstica, sem salário fixo, sem carteira assinada, sem direito à educação e submetida a jornadas exaustivas.
A vítima começou a trabalhar aos 12 anos, após a promessa de que cuidaria de uma idosa, seria bem tratada e teria a oportunidade de estudar.
Com o passar dos anos, porém, passou a prestar serviços a diferentes membros da mesma família, sem qualquer garantia trabalhista. Como forma de pagamento, recebia apenas moradia, alimentação e, eventualmente, pequenas quantias em dinheiro.
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A situação foi identificada por uma força-tarefa coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), após investigações iniciadas no último dia 27 de maio.
A operação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública da União (DPU).
De acordo com o MTE, a vítima vivia em um quarto sem ventilação, sem guarda-roupa e em condições precárias. Em depoimento, relatou que chegou a trabalhar descalça e, em alguns períodos, não tinha acesso a itens básicos de higiene pessoal. Ela também nunca frequentou a escola e realizava diversas tarefas domésticas em uma residência de grande porte, além de ajudar na produção de doces comercializados pela família.
Durante todo o período, os responsáveis alegavam que ela “fazia parte da família” para justificar a ausência de vínculo formal e os pagamentos esporádicos.
Após o resgate, a trabalhadora recebeu atendimento psicossocial da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC) e foi reintegrada à sua família biológica.