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14 de Junho de 2024, 16h:42 A- A+

Geral / OPERAÇÃO CATRIMANI II

Marinha do Brasil substitui FAB e assume comando de operação contra garimpo ilegal nos Yanomamis

Segunda fase da operação Catrimani II tem como objetivo a retirada de intrusos da área e enfrentar crise humanitária em Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A Marinha do Brasil assumiu recentemente o comando do Estado-Maior Conjunto da Operação Catrimani II, com o objetivo de combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima. A transição de comando ocorreu no início deste mês de junho, quando o Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela substituiu o Brigadeiro do Ar Steven Meider, da Força Aérea Brasileira (FAB), na posição de Chefe do Comando Operacional.

A Operação Catrimani II é uma iniciativa significativa para proteger o território Yanomami, uma das maiores áreas indígenas do Brasil, das atividades ilegais de mineração, que têm causado sérios danos ambientais e sociais à região. A mudança no comando faz parte dos esforços contínuos do governo brasileiro para fortalecer as operações e assegurar a eficácia das ações contra o garimpo ilegal.

O plano é, até dezembro, realizar diversas ações para retirar intrusos da área e enfrentar a crise humanitária que assolou a Terra Indígena.

De acordo com a Marinha, nesta nova fase da Operação Catrimani II, os militares estão atuando tanto de forma preventiva quanto repressiva para neutralizar as atividades ilegais de garimpo na Terra Indígena Yanomami. Além de combater o garimpo, a operação também visa reprimir ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais na região.

Para alcançar esses objetivos, foram mobilizados militares do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (Comando Anfíbios) e do Grupamento de Mergulhadores de Combate. Essas unidades de elite da Marinha são especialmente treinadas para operações complexas e de alta intensidade, garantindo assim uma resposta eficaz e robusta contra as atividades ilegais e criminosas na área.

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Além da mobilização das tropas de elite, a Força Naval está empregando uma série de equipamentos especializados para apoiar a Operação Catrimani II. Entre esses equipamentos estão:

  1. Lancha Blindada de Combate Excalibur: Utilizada para missões de patrulha e combate em áreas de difícil acesso, proporcionando proteção e capacidade de resposta rápida contra atividades ilegais.

  2. Navio Aviso Hidroceanográfico Fluvial: Essencial para realizar levantamentos e coletar dados sobre o canal de navegação, garantindo a segurança e a eficiência das operações fluviais na região.

  3. Navio de Assistência Hospitalar: Equipado para fornecer cuidados médicos e suporte de saúde tanto aos militares quanto à população local, assegurando que necessidades médicas sejam atendidas durante a operação.

  4. Navio Empurrador: Utilizado para transportar e posicionar outros equipamentos e embarcações, facilitando a logística e a mobilidade das operações na área fluvial.

Operação Catrimani

A Operação Catrimani teve sua primeira fase de janeiro a março deste ano e atendeu mais de 230 comunidades indígenas, com doações de mais de 360 toneladas de alimentos. Essa segunda fase começou em 1º de abril.

Nove meses após a primeira missão, o governo federal lança a Operação CATRIMANI II para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A portaria que regula a ação foi publicada no dia 8 de junho, no Diário Oficila da União, e prevê a atuação das Forças Armadas até 31 de dezembro de 2024.

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