PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Após três dias de buscas intensas, a brasileira Juliana Marins, que estava desaparecida no Monte Rinjani, na Indonésia, foi localizada neste domingo (23) por meio de imagens captadas por um drone. Ela foi avistada em um penhasco, a aproximadamente 500 metros de profundidade. Até o momento, não há confirmação sobre seu estado de saúde, pois não foram observados sinais visíveis de movimento.
As equipes de resgate chegaram a tentar acessar o local onde Juliana se encontra, mas as condições extremas do relevo e uma forte neblina obrigaram os profissionais a recuar. O governador da província cogitou o uso de helicópteros para acelerar o salvamento, mas barreiras técnicas têm dificultado a implementação dessa estratégia.
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Principais obstáculos no resgate de Juliana Marins no Monte Rinjani
O resgate de Juliana Marins, desaparecida no Monte Rinjani, na Indonésia, enfrenta uma série de dificuldades que têm atrasado os esforços das equipes de busca. Entre os principais desafios estão as condições extremas do terreno, o clima instável, limitações logísticas e o estado físico da brasileira após a queda.
- Terreno extremamente acidentado: Juliana escorregou e caiu cerca de 300 metros abaixo da trilha principal do vulcão, em uma área de inclinação acentuada e difícil acesso. O relevo íngreme impede a aproximação segura das equipes de resgate por terra, tornando o avanço lento e arriscado.
- Condições climáticas severas: O clima tem sido um dos maiores entraves. A região está coberta por neblina densa, o que reduz drasticamente a visibilidade e dificulta a localização exata da vítima. Além disso, o sereno deixa as pedras escorregadias, aumentando o risco de acidentes para os socorristas. A piora nas condições meteorológicas já provocou a suspensão temporária das buscas, que foram retomadas apenas após uma breve melhoria no domingo (23), mas a instabilidade climática continua sendo uma ameaça constante.
- Limitações operacionais e de equipamentos: A operação também sofre com a falta de recursos adequados. Segundo Mariana Marins, irmã de Juliana, as cordas levadas pelas equipes não eram longas o suficiente para alcançar o ponto onde ela foi vista. A ausência de helicópteros operacionais agrava ainda mais a situação. Para a família, o uso de uma aeronave seria a única alternativa viável para acessar rapidamente o local — algo que ainda não foi concretizado, seja por restrições técnicas ou logísticas.
Estado físico da vítima e deslocamento após a queda
A família da brasileira acompanha com aflição o desenrolar das operações e manifesta indignação com a lentidão do resgate. Eles expressam preocupação com a sobrevivência de Juliana, que estaria sem acesso a água, alimentos ou abrigo adequado há mais de 72 horas.
Relatos apontam que Juliana, após a queda, não conseguia se levantar, apenas mexia os braços e olhava para cima. A localização dela também se tornou incerta: imagens registradas na noite anterior indicavam um ponto específico, mas, segundo a família, ela já não estava mais ali no momento em que os socorristas chegaram. A hipótese é que a brasileira tenha escorregado ainda mais encosta abaixo, agravando a complexidade do resgate.
As buscas foram retomadas nesta segunda-feira (24), com a esperança de que os obstáculos naturais possam ser superados e que os socorristas consigam finalmente alcançar Juliana.
