PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Oito vítimas da queda de um balão de ar quente em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, começaram a ser veladas neste domingo (22). O acidente ocorreu na manhã de sábado (21) e deixou 13 sobreviventes entre os 21 passageiros. As cerimônias de despedida estão sendo realizadas em diferentes municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
As vítimas fatais foram identificadas, e as cerimônias de despedida ocorrem em diferentes cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul:
- Everaldo Rocha, 53 anos, e Janaína Rocha, 46, casal de Joinville (SC): O velório ocorre no Cemitério Parque Jardim das Flores, em Joinville, a partir das 9h30min. Eles estavam acompanhados da filha, que sobreviveu.
- Leane Herrmann, 70 anos, e Leíse Herrmann Parizotto, 37, mãe e filha: O velório será no Cemitério Parque Concórdia, no Meio-Oeste catarinense, a partir das 17h. Leíse era médica em um posto de saúde de Blumenau.
- Leandro Luzzi, 33 anos, patinador artístico de Brusque (SC): O velório começou às 6h no Cemitério Municipal de Indaial, com sepultamento previsto para as 17h. Ele era professor e diretor-técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística. Estava acompanhado do namorado, que sobreviveu.
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- Andrei Gabriel de Melo, 34 anos, médico oftalmologista de Fraiburgo (SC): O corpo será velado na Câmara Municipal de Vereadores a partir das 14h. A despedida está marcada para segunda-feira (23), às 9h, com sepultamento no cemitério municipal após a missa.
- Juliane Jacinta Sawicki, 36 anos, engenheira agrônoma natural do RS: O velório ocorre desde as 7h na comunidade Rui Barbosa, em Carlos Gomes (RS). A cerimônia está marcada para as 11h30min, seguida do sepultamento no cemitério local.
- Fábio Luiz Izycki, 42 anos, namorado de Juliane: O corpo foi liberado para os familiares às 11h10min deste domingo, mas até o momento não há informações confirmadas sobre o velório.
Como foi o acidente
De acordo com o depoimento do piloto à Polícia Civil, o incêndio começou no cesto do balão após uma falha no maçarico. O extintor de incêndio não funcionou, e ele orientou os passageiros a pularem, já que a aeronave ainda estava próxima ao solo. Treze pessoas conseguiram saltar. Em seguida, o balão voltou a subir rapidamente por conta da diminuição do peso e do ar quente das chamas.
Imagens registradas por testemunhas mostram o cesto em chamas no ar, até se desprender e cair. Quatro pessoas morreram carbonizadas dentro do cesto, e outras quatro na queda.
A Polícia Civil já iniciou as investigações e ouviu cinco sobreviventes, além do piloto. A empresa responsável pelo voo possuía autorização para operar. O inquérito deve apurar se houve negligência, imprudência, imperícia ou até dolo — o que pode levar ao indiciamento por homicídio culposo ou doloso.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ligado à Força Aérea Brasileira, também acompanha o caso e enviou equipe ao local.
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