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Dois acidentes com balões em menos de uma semana expõem falhas na segurança do turismo aéreo no Brasil

Tragédias em Santa Catarina e São Paulo deixam mortos e feridos; autoridades investigam causas e discutem reforço na fiscalização do setor

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Em menos de uma semana, o Brasil registra dois graves acidentes com balões de ar quente, reacendendo o debate sobre a segurança nesse tipo de turismo. Neste sábado (21), um balão com 21 pessoas pegou fogo e caiu em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, resultando na morte de oito pessoas. Equipes do Corpo de Bombeiros, com apoio de profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atuaram no resgate e atendimento das vítimas.

O acidente ocorre apenas seis dias após a queda de outro balão em Capela do Alto, no interior de São Paulo, no último domingo (15), Dia dos Namorados. Na ocasião, Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, morreu durante um passeio romântico com o marido. O balão transportava mais de 30 pessoas, e há suspeitas de que a empresa responsável tenha autorizado o voo mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis.

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As duas ocorrências estão sendo investigadas. Em Santa Catarina, a Polícia Civil e a Polícia Científica atuam para esclarecer as causas do incêndio que provocou a queda do balão em Praia Grande.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou neste sábado (21) que está adotando as providências necessárias para averiguar a situação do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC). O governador em exercício de Santa Catarina, Francisco Oliveira Neto, decretou luto oficial de três dias.

Em São Paulo, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) apura possíveis falhas na análise do clima, no controle de peso da aeronave e nos protocolos de segurança da empresa envolvida. A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) declarou que o balão envolvido no acidente não possuía a documentação necessária e que o piloto não tinha licença válida para realizar o voo.

O curto intervalo entre os dois acidentes e o alto número de vítimas voltam a colocar em evidência a fragilidade na regulamentação e fiscalização dos passeios turísticos em balões no Brasil. Enquanto as autoridades investigam as causas das tragédias, cresce a pressão por revisão nas normas de segurança e maior rigor na certificação das empresas que operam esse tipo de atividade.

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