JULIANA CONTAIFER
DO METRÓPOLES
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso de uma mulher de 46 anos que foi internada em estado grave na última quinta (17/10) após aplicar, em casa, uma dose de Ozempic falsificado. A paciente faz uso do produto original há um ano e começou a passar mal 15 minutos após a administração da substância.
Ela comprou o remédio em uma farmácia e não sabia que não era o Ozempic original. Ela afirmou que, quando foi adquirir o medicamento, o atendente tentou vender quatro caixas e informou que o produto iria mudar de marca e era interessante comprar antes que faltasse o estoque.
As canetas que ela comprou são mais escuras do que as oficiais, mas a paciente achou que a diferença seria explicada pela mudança de marca. O caso está sendo investigado, e o produto falsificado será periciado. A mulher foi medicada e liberada na manhã seguinte.
Esta não é a primeira vez que o remédio falsificado é identificado no Brasil. Em alguns casos, é usada uma caneta de insulina com o adesivo oficial do Ozempic, que provavelmente foi retirado de um produto original. Pacientes que não têm diabetes podem ter um caso grave de hipoglicemia ao tomar insulina, e o quadro pode levar até à morte.
A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, alertou, em nota publicada em outubro de 2023, que o usuário deve prestar atenção em embalagens visivelmente alteradas, em idioma estrangeiro, e com apresentação diferente da registrada. Os produtos vêm em uma caneta azul clara, com um botão cinza para aplicação.
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“As canetas Ozempic falsificadas podem ser identificadas pelo indicador de escala e pelo seletor de dose que diferem dos produtos originais. O conteúdo das canetas falsificadas é totalmente diferente dos produtos verdadeiros e não deve ser utilizado, pois representa um risco para a saúde do paciente”, diz o texto.