RAVENNA ALVES
DO METRÓPOLES
Mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e esse número deve crescer nas próximas décadas, segundo estimativas globais de saúde. Com os tratamentos ainda limitados, pesquisadores têm voltado esforços para encontrar formas eficazes de prevenção. Agora, um novo estudo propõe o uso da inteligência artificial para identificar uma dieta capaz de reduzir o risco da doença.
ACOMPANHE: Tenha notícias exclusivas no WhatsApp acessando o link: (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no Instagram e acompanhe as notícias e conteúdos (clique aqui)
SIGA: Seja nosso seguidor no X antigo Twiter tenha acesso as notícias e conteúdos (clique aqui)
O que é demência?
Demência é um conjunto de sinais e sintomas, incluindo esquecimentos frequentes, repetição de perguntas, perda de compromissos ou dificuldade em lembrar nomes.
Atualmente, o SUS oferece diagnóstico e tratamento multidisciplinar para pessoas com demência, incluindo Alzheimer, em centros de referência e unidades básicas de saúde.
Um diagnóstico precoce permite ações terapêuticas que podem retardar sintomas, aliviar a carga familiar e melhorar a qualidade de vida.
Dados do Ministério da Saúde mostram que até 45% dos casos de demência podem ser prevenidos ou retardados.
Desenvolvida por cientistas da Universidade Fudan, da Universidade de Zhejiang, na China, e de outros institutos internacionais, a intervenção alimentar foi batizada de Modern (sigla em inglês para Intervenção Dietética Otimizada com Aprendizado de Máquina contra o Risco de Demência).
“Nosso estudo foi motivado pela necessidade urgente de estratégias eficazes de prevenção da demência, especialmente à luz das opções limitadas de tratamento disponíveis atualmente”, afirmou o professor Jintai Yu, autor do artigo, em comunicado. Os resultados foram publicados na revista Nature Human Behavior em 2 de julho.
Como funciona a dieta Modern?
Para desenvolver o experimento, os cientistas analisaram dados alimentares e de saúde de mais de 185 mil pessoas no Reino Unido, por meio do UK Biobank, um dos maiores bancos de dados biomédicos do mundo. A equipe utilizou algoritmos de aprendizado de máquina para identificar padrões alimentares associados à proteção cerebral.
“Entre os algoritmos que testamos, incluindo XGBoost e Random Forest, o LightGBM demonstrou desempenho superior”, explicou o professor Jia You, coautor do artigo.