HELENA MANDARINO
DO METRÓPOLES
Você sabia que existe uma relação direta entre saúde mental e sexualidade? Ao mesmo tempo em que o estado mental pode afetar o desempenho e desejo, tanto positiva quanto negativamente, manter relações pode ser benéfico ao bem-estar psíquico devido a liberação de hormônios.
A saúde mental é um componente essencial para uma vida saudável, indo muito além do simples equilíbrio emocional. De acordo com a psicóloga Jessica Elaine Tamanhon, a saúde mental desempenha um papel crucial na regulação da libido, uma vez que o desejo sexual sofre influência direta de fatores psicológicos, biológicos e socioeconômicos.
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Sendo assim, Jessica aponta que o termômetro de uma libido alta ou baixa está associado à saúde mental, fisiológica e ao contexto social. A expert acrescenta que “se um desses fatores, ou todos eles, estiverem desregulados, a libido certamente será impactada.”
Vida sexual como aliada da saúde mental
A profissional aponta que transtornos de humor, ansiosos e até alimentares podem levar à diminuição da vontade de fazer sexo. A dificuldade em sentir motivação, o estado de alerta constante e a alteração na produção de hormônios impactam nas conexões cerebrais do prazer.
“Quando estamos ansiosos, deprimidos ou estressados, por exemplo, o nosso corpo reage com respostas fisiológicas que podem inibir a resposta sexual, pois há um aumento na liberação de hormônios do estresse e, consequentemente, uma menor produção dos hormônios do bem-estar”, destaca Jessica.
“Além disso, conflitos intra e interpessoais, baixa autoestima, dificuldade em relaxar e até algumas condições médicas e medicamentos são capazes de atrapalhar o desejo sexual e o bom desempenho durante as relações íntimas”, pondera.
Libido é fundamental na vivência humana
A libido é uma parte intrínseca da experiência humana. Ela é uma das responsáveis por impulsionar a busca por intimidade e conexão com as outras pessoas, além de desempenhar um papel importante na autoestima.
“A dificuldade ou incapacidade de sentir prazer sexual pode desencadear sentimentos de inadequação, questionamentos sobre o corpo e sobre o desempenho sexual, o que pode desencadear ou potencializar uma baixa autoestima, afetando a autoimagem”, reforça Jessica.
Jessica acrescenta que em um relacionamento, por exemplo, a redução do desejo sexual pode gerar conflitos e distanciamento emocional, afetando, assim, a intimidade entre o casal.
“Além disso, a libido baixa dificulta o alcance do orgasmo, o que pode gerar frustração e insatisfação. Torna-se importante ressaltar que a falta de prazer, motivação e satisfação em outras áreas da vida podem influenciar diretamente a rotina e desempenho da vida sexual”, conclui.