Cuiabá, 11 de Outubro de 2024
DÓLAR: R$ 5,62
FTN Brasil | Jornal de Verdade

Saúde Sexta-feira, 27 de Setembro de 2024, 17:26 - A | A

27 de Setembro de 2024, 17h:26 A- A+

Saúde / JÁ ESCOVOU OS DENTES?

Bactérias da boca podem aumentar em 30% o risco de câncer, diz estudo

Pesquisa mostra que grupo de bactérias pode aumentar em 30% o risco de desenvolver câncer de cabeça e pescoço

JULIANA CONTAIFER
DO METRÓPOLES

Você escova os dentes e passa fio dental todos os dias? Pesquisadores da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, descobriram que um conjunto de bactérias da boca está ligado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço. E a higiene regular da boca é suficiente para eliminar essa ameaça.

As 12 espécies aumentam o risco de ter o câncer em 50%. Foram analisadas a dieta, estilo de vida e histórico médico de 160 mil americanos, que lavavam a boca com enxaguante bucal e entregavam amostras de saliva aos cientistas. O material foi testado para descobrir quantos e quais micro-organismos estavam presentes.

Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo linkFTN BRASIL

Os voluntários foram acompanhados por 15 anos — nesse período, 236 deles desenvolveram cânceres de cabeça e pescoço de células escamosas. As amostras desses pacientes foram comparadas com as de participantes saudáveis, e fatores que poderiam influenciar os resultados, como tabagismo, idade e consumo de álcool também foram considerados.

A partir dos resultados, os cientistas identificaram 13 espécies de bactérias que podem aumentar ou diminuir o risco de câncer, e as pessoas que as tinham apresentaram 30% mais chance de ter a doença. Em comparação com outros cinco tipos de bactérias que são comuns em doenças de gengiva, o risco subiu para 50%.

Os pesquisadores apontam que existe uma relação entre as bactérias e câncer, mas não se sabe exatamente como ela acontece. “Nossos achados oferecem um novo insight sobre a relação entre o microbioma oral e os cânceres de cabeça e pescoço. Essas bactérias podem servir como biomarcadores para especialistas descobrirem quem está em alto risco para a doença”, diz o principal autor da pesquisa, Soyoung Kwak, em comunicado à imprensa.

Os resultados foram publicados nessa quinta (26/9) na revista científica JAMA Oncology. Os próximos passos da pesquisa são explorar como acontece a relação, e quais são as melhores maneiras para intervir.

Comente esta notícia

Esse est et proident pariatur exercitation