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Política e Judiciário Quarta-feira, 08 de Maio de 2024, 16:32 - A | A

08 de Maio de 2024, 16h:32 A- A+

Política e Judiciário / EM VÁRZEA GRANDE

Sintep busca diálogo com Secretário Municipal de Educação para tratar sobre reivindicações não cumpridas pelo prefeito Kalil

A direção do Sintep de Várzea Grande solicitou através de ofício, nesta última terça-feira (7), uma audiência com o Secretário Municipal de Educação para tratar sobre a pauta de reivindicações 2024

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A direção da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep-VG), nesta última terça-feira (7), protocolou um ofício, solicitando uma audiência com o Secretário Municipal de Educação (SMECEL-VG), Silvio Aparecido Fidélis, para tratar sobre a pauta de reivindicações 2024, que foi protocolada desde o início deste ano.

De acordo com o presidente do Sintep-VG, professor Juscelino Dias de Moura, o prefeito e o secretário de educação, continuam descumprindo com o que determina a Lei Federal 11.738/08 (Lei do Piso Salarial), a Lei Federal 14.276/21 (novo Fundeb). E, ainda desrespeitam a Lei Complementar 3.797/12, referente ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos profissionais da educação de Várzea Grande.

“Esse desrespeito, não é por falta de dinheiro, pois de acordo com o extrato bancário de dezembro/2023, tem uma sobra de mais de 5 milhões, somente dos recursos do FUNDEB, e de acordo com a Orientação Técnica nº 02/2024, da própria CGM (Controladoria Geral do Município de VG), no ano de 2023, sobraram de mais de 17 milhões, sobre os valores pagos, representando apenas 21,97% dos 25% mínimos dos recursos da educação que devem ser aplicado, totalizando em mais de 22 milhões sobrando, no caixa da Educação” explica o presidente, destacando que com todos esses recursos sobrando em VG, as leis continuam sedo descumpridas e os trabalhadores da educação continuam sendo penalizados e lesados com a falta do pagamento do piso salarial.

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Piso Nacional

O valor atual do Piso Nacional é de R$ 4.580,57 mil,  porém,  o Prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat está pagando apenas R$ 2.429,24. Além disso, também não está sendo pago de forma correta o 1/3 da hora atividade que é uma questão que deve ser tratada, pois representa um direito trabalhista dos educadores. 

Outra reivindicação da categoria é a realização de novo concurso público, pois mais de 70% na educação são contratados. A falta de realização de concursos públicos e a alta proporção de contratados na área da educação podem gerar instabilidade e precariedade no sistema educacional municipal, além de não oferecer as condições ideais para que os professores exerçam seu trabalho da melhor forma possível. 

Os servidores técnicos - merendeiras, vigias, ASG, TDI, TDE, TAE - estão há 7 anos sem a recomposição salarial justa e com o salário base de R$ 1.172,48 mil e mais de 30% estão recebendo abaixo do salário-mínimo, com déficits acumulados em 68,81% de defasagem com relação aos professores. 

“Um retrato  vergonhoso para uma cidade que é a 3ª mais rica do estado. É lamentável que o prefeito Kalil Baracat, que está no seu último ano de governo e que pretende ser reeleito, especialmente o Secretário de Educação Professor Dr. Silvio Aparecido Fidélis, que é o atual Presidente da UNDIME/MT (União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso) e Vice-presidente da UNDIME Nacional, dê esse mal exemplo para MT e para todo Brasil, de não cumprir o que determina a legislação”, argumenta o professor Juscelino.

“Queremos que o prefeito Kalil Baracat e o Secretário Silvio Fidélis, em especial neste mês de maio, que é o aniversário de Várzea Grande, inclua na programação das comemorações aos 157 anos da cidade, nos apresentando um planejamento para que tudo isso que citamos sejam respeitados e cumpridos. Por isso estamos buscando o diálogo”, cobra o presidente do Sintep-VG, e ressalta que o Sintep-VG continua e continuará vigilante para que a legislação seja cumprida de maneira correta.

Confira os principais pontos da Pauta de Reivindicação/2024 da categoria: 

1 – Respeito e cumprimento da legislação, pelo cumprimento do Art. 212-A da C.F., bem como a Lei Federal nº 11.738/08, pelo pagamento do Piso Salarial Nacional/2024 (proporcional a carga horária de 25h), para todos os professores efetivos e contratados;

2 – Garantia do pagamento dos 20,40% de resquícios do Piso Salarial Nacional de 2022 que foi de 33,24%, que VG não aplicou, para que seja implementado o Piso Salarial Nacional (proporcional a carga horária de 25h) aos professores efetivos e contratados; 

3 – Que a Gestão apresente um planejamento de recuperação do ganho salarial atrasado dos Servidores Técnicos TSAE (merendeiras, vigias, ASG, TDI, TDE, TAE); 

4 – Que a Gestão garanta o pagamento das sobras dos recursos do FUNDEB/2021 – RATEIO em forma de abono – para todos os profissionais da educação; 

5 – Que a Gestão garanta o pagamento dos retroativos do enquadramento, de 1/3 de hora atividade e outros retroativos – que a prefeitura apresente um cronograma de pagamento (com data mesmo que seja parcelado), para todos/as trabalhadores da educação que tem esses direitos; 

6 – Que a Gestão garanta o cumprimento de 1/3 de HORA ATIVIDADE para os docentes – efetivos e contratados – conforme a Lei 11.738/2008 que dispõe sobre o Piso Salarial Nacional do Magistério (PSPN);

- Pelo cumprimento do § 4o do Art. 2º da Lei Federal 11.738/08;

- Que a SMECEL faça a correção salarial do vencimento do professor contratado, contratando e pagando pela Carga Horária de 25h – professor contratado recebe valor a menor que um professor efetivo, sendo que tem o mesmo nível de escolaridade e que desenvolve o mesmo trabalho, inclusive cumprindo a mesma hora atividade sem receber por ela;

- Que a SMECEL faça a adequação da Lei Federal 11.738/08 URGENTE para que implante neste ano letivo 2024 a nova normatização (1/3 de hora atividade para todos – efetivos e contratados);

- O Sintep-VG já ganhou na justiça, que determinou para que a prefeitura realize o pagamento correto das horas atividades para os docentes (1/3 de 25h são 8,33h e não apenas 5h);

- A justiça obriga a prefeitura a adequar seu sistema normativo tanto para os docentes efetivos quanto para os contratados (todos tem o mesmo direito).

7 – Que a Gestão garanta o reconhecimento do Profuncionário com a implantação de tabela salarial diferenciada para quem concluiu o curso e novas turmas – formação Profuncionário para os novos concursados; 

8 – Que a Gestão garanta o pagamento de 30% de PERICULOSIDADE para todos os Técnicos em Segurança que tem esse direito; 

9 – Que a Gestão garanta realização de um novo CONCURSO PÚBLICO, ainda em 2024, para todos os cargos, para suprir todas as vagas livres;

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