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Política e Eleições Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 13:40 - A | A

27 de Novembro de 2024, 13h:40 A- A+

Política e Eleições / ASSUNTO ENCERRADO

“Quem resolver desrespeitar os produtos brasileiros vai levar resposta à altura", afirma ministro Carlos Fávaro após retratação do presidente do Carrefour

Fávaro considerou também que o episódio garantiu uma resposta altiva do setor produtivo do país e de diversos outros, como o hoteleiro, à tentativa de desqualificar sua produção

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, deu por encerrado o episódio da fala do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, questionando a qualidade dos produtos pecuários brasileiros.

Em entrevista coletiva em São Paulo, o ministro falou mais uma vez sobre o fato, que considerou infeliz e intempestivo, e destacou todas as medidas adotadas pelo mercado produtor pecuário do país que garantem sua excelência mundial, inclusive sendo líder mundial na produção de diversas cadeias de alimentos.

 

“Quem resolver desrespeitar os produtos brasileiros vai levar resposta à altura. O Brasil tem responsabilidade com os produtos que produz e os nossos empresários o fazem com muita dedicação e com qualidade. Fruto disso, somos líderes mundiais no fornecimento de carne bovina, suína, aves, arroz, feijão, soja, cana de açúcar, suco de laranja, algodão. Fruto de uma competência dos nossos produtores e da nossa indústria. Sempre abertos a dialogar (sobre) transparência, rastreabilidade”, destacou o ministro.

Fávaro considerou também que o episódio garantiu uma resposta altiva do setor produtivo do país e de diversos outros, como o hoteleiro, à tentativa de desqualificar sua produção. “Foi um episódio que marcou um posicionamento muito altivo das empresas brasileiras”, comentou, agradecendo à reação imediata de entidades representantes do setor contra o posicionamento do CEO do Carrefour.

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“Agora, em hipótese alguma nós vamos aceitar que alguém venha falar da qualidade dos nossos produtos. Quem venha deturpar aquilo que fazemos com excelência. Foi uma resposta à altura, com eficiência, e acho que marca um grande momento também, um risco no chão. Até aqui, nós vamos dialogar, com respeito ao meio ambiente, respeito à sanidade, boas práticas, transparência, rastreabilidade. Quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros terá resposta à altura como o Carrefour francês tomou”.

Retratação

Nesta terça-feira (26), a empresa acabou voltando atrás: publicou comunicado oficial e enviou carta ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se retratando e fazendo um movimento para voltar a adquirir e vender os produtos da pecuária brasileira. A ação foi classificada pelo Carrefour como reconhecimento da "responsabilidade de apaziguar" as "divergências" que o suas manifestações sobre a carne do Mercosul causaram.

Carlos Fávaro considerou que o pedido de retratação do CEO do grupo tratou do ponto mais essencial na discussão, que foi restabelecer a legitimidade da produção pecuária brasileira, com o cumprimento das normas e toda qualidade empregada.

“Eu acho que ele se retratou no ponto mais importante, onde ele diz que o Brasil cumpre as normas. E esse é o ponto mais importante. O Brasil cumpre as normas, tem qualidade, tem sabor de qualidade”.

Também destacou a importância do grupo Carrefour para o mercado de alimentos brasileiro. Ele apontou inclusive o volume de trabalhadores que tem no país entre a própria rede Carrefour e a do Atacadão, presente em todos os estados.

“É importante dizer também que o Carrefour é uma empresa muito importante para o Brasil, com 130 mil colaboradores aqui, diversas lojas que atendem os nossos consumidores, os brasileiros, que é parceiro da agropecuária brasileira, da indústria brasileira de alimentos. Portanto, a gente precisa separar isso, dizer que foi uma atitude intempestiva do presidente global do Carrefour, mas que foi corrigida a bom tempo e agora é vida que segue”.  

Por fim, tratou da aquisição do mercado francês de produtos brasileiros. "O mercado francês tem a preferência de comprar do produtor francês. Isso não impacta em nada, é uma decisão deles. Agora, o que não pode é eles falarem mal do nosso produto, isso não é possível", encerrou.
 

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