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Política e Eleições Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024, 16:40 - A | A

13 de Setembro de 2024, 16h:40 A- A+

Política e Eleições / CHAMADO GLOBAL

Presidente da República convoca engajamento dos países para promover mudanças nas instituições de representação internacional

"As roupas que vestimos em 1945 já não nos cabem mais", disse Lula em seu pronunciamento

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Em um momento no qual o Brasil enfrenta os efeitos de uma uma forte onda de calor, com seca prolongada e queimadas em diversas regiões do país, o presidente Luiz Inácio da Silva (PT), divulgou uma mensagem, nesta quinta-feira (12), convocando as nações mais ricas a cooperarem com os países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.

Em vídeo divulgado pela Presidência da República, Lula faz um “chamado global” para a Cúpula do Futuro, que acontece nos dias 22 e 23 de setembro,  na sede das Nações Unidas, em Nova York. 

O evento deve contar com a presença de 130 chefes de Estado de todo o mundo, às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 24.

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Em sua mensagem, Lula voltou a defender uma ampla reforma no Conselho de Segurança da ONU – uma demanda antiga do governo brasileiro, que pede maior representatividade e diversidade nas instâncias decisórias globais.

Segundo Lula, “o Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20 [grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana]”. “Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente brasileiro, “o Conselho de Segurança precisa ampliar sua composição nas duas categorias de membros, permanentes e não permanentes”.

“O cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável requer que o Banco Mundial e o FMI [Fundo Monetário Internacional] atendam melhor às necessidades do Sul Global. Isso só ocorrerá se os países em desenvolvimento tiverem maior espaço nesses organismos”, disse Lula.

Em relação à emergência climática, o presidente afirmou que “o enfrentamento da mudança do clima demanda órgãos com autoridade para promover a implementação dos compromissos assumidos”.

“Precisamos legar para as gerações futuras um sistema multilateral renovado, legítimo e eficaz”, concluiu Lula.

Assista o pronunciamento do presidente da República

Amigos e amigas,

Dentro de poucos dias, nos encontraremos em Nova York na Cúpula do Futuro.

Agradeço ao Chanceler Olaf Scholz e ao Presidente Nangolo Mbumba por terem nos conduzido ao longo desse caminho, com Alemanha e Namíbia como facilitadores do Pacto para o Futuro.

Desde a Segunda Guerra Mundial, o multilateralismo rendeu muitos frutos.

É impossível explicar o que se passou nas últimas oito décadas sem aludir ao papel da ONU e das instituições de Bretton Woods.

Ou sem recorrer a conceitos como descolonização, desarmamento, direitos humanos e desenvolvimento sustentável.

No entanto, assim como acontece com qualquer criança que cresce e amadurece, as roupas que vestimos em 1945 já não nos cabem mais.

Há mais de vinte anos temos falado sobre a reforma da governança global.

Estamos correndo em círculos.

Chegou a hora de agir.

O Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20.

Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos.

Gostaríamos que todos fossem à Cúpula do Futuro com a ambição de promover reformas efetivas.

O Conselho de Segurança precisa ampliar sua composição nas duas categorias de membros, permanentes e não permanentes.

O cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável requer que o Banco Mundial e o FMI atendam melhor as necessidades do Sul Global.

Isso só ocorrerá se os países em desenvolvimento tiverem maior espaços nesses organismos.

O enfrentamento da mudança do clima demanda órgãos com autoridade para promover a implementação dos compromissos assumidos.

A Aliança Global contra a Fome, que lançaremos no G20, estará aberta a todos os países da ONU.

Ela nasce da vontade política e do espírito de solidariedade de enfrentar essa chaga que ainda assombra a humanidade.

Precisamos legar para as gerações futuras um sistema multilateral renovado, legítimo e eficaz.

Muito obrigado.

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