PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na manhã desta terça-feira (18), em Campo Grande, o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Lima, está coordenando uma oficina voltada para debater Ações e Planejamento Integrado para o Enfrentamento dos Incêndios Florestais no Pantanal. O evento, que ocorre durante todo o dia na Sala do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp/MS), reúne representantes dos governos de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso (MT), além de membros dos Corpos de Bombeiros, com o objetivo de avançar na identificação de prioridades, análise da situação e articulação das ações de campo para o combate aos incêndios na região do Pantanal sul-mato-grossense.
A oficina faz parte de uma série de encontros dedicados ao enfrentamento dos incêncios florestais no Pantanal. Um encontro anterior foi realizado em Brasília (DF), e ouro está programado para ocorrer ainda neste mês na Capital de Mato Grosso, em Cuiabá. A iniciativa faz parte do pacto de alto nível firmado com governadores dos dois Estados do Cerrado para combater o desmatamento no bioma e busca integrar esforços e promover uma abordagem coordenada e eficaz para mitigar os impactos dos incêndios, proteger a biodiversidade e preservar o ecossistema único do Pantanal.
Participaram do encontro o secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o diretor-presidente do Imasul, André Borges, representantes do Governo do Mato Grosso, o comandante do Corpo de Bombeiros de MS, Coronel Frederico Salas, além de todas as entidades que atuam no combate ao fogo em Mato Grosso do Sul como Corpo de Bombeiros Militar, Prevfogo, ONGs, ICMBio , técnicos do Ibama e Imasul, entre outros.
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Sala de Situação
Na última sexta-feira (14), o governo federal criou uma sala de situação para coordenar ações de prevenção e controle de incêndios e secas em todos os biomas do país, com foco inicial no Pantanal. Esta sala de situação é a primeira reunião do grupo e foi estabelecida para implementar medidas como a ampliação de recursos e a simplificação do processo para a contratação de brigadistas, aquisição de equipamentos e utilização de aeronaves, entre outras iniciativas.
A sala de situação funcionará no âmbito da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, que foi recriada pelo presidente Lula em 2023. Esta comissão é presidida pela Casa Civil e reúne 19 ministérios, com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) atuando como secretaria-executiva.
"Nosso Estado tem avançado nesse combate, mas precisamos de uma parceria com o governo federal em curtíssimo prazo para ampliar estas ações. Esta situação não diz respeito somente ao Estado, mas é uma pauta do País. Temos expectativa de articular ações e recursos para ajudar neste trabalho", destacou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette.
O secretário Andre Lima explicou, na abertura do encontro, que a decisão ocorreu após reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto. Participaram a ministra Marina Silva, os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), além de representantes da Casa Civil, da Defesa, do Desenvolvimento Agrário, da Gestão e Inovação, da Agricultura e Pecuária, do Ibama e do ICMBio.
A iniciativa, segundo Lima, inclui propostas como criação de força-tarefa para implementação de ações conjuntas, integração de bases de dados e definição de municípios prioritários para ações de controle. Historicamente o período de seca no Pantanal ocorre no segundo semestre, mas o bioma já enfrenta aumento dos focos de incêndio.
O objetivo é enfrentar a situação no Pantanal de forma preventiva e permanente. Com a grave estiagem, a grande quantidade de matéria orgânica em combustão e a insuficiência das cotas de cheias nos rios exigem ação coordenada.