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Política e Eleições Quarta-feira, 25 de Setembro de 2024, 07:40 - A | A

25 de Setembro de 2024, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / ABANDONADO PELO PT

Lúdio Cabral entra na lista de candidatos a prefeito do PT que receberam verba mínima para as eleições

O valor recebido por Boulos corresponde a 44% do teto de gastos em São Paulo, que é de R$ 67 milhões. Já Lúdio teve direito a R$ 2,1 milhões, o que representa pouco mais de 15% do limite de gastos no 1º turno de Cuiabá, que é de R$ 13,2 milhões. 

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Enquanto Guilherme Boulos (PSOL) caiu nas graças do Partido dos Trabalhadores (PT) e recebeu R$ 30 milhões, o candidato do PT em Cuiabá, Lúdio Cabral, está na lista dos 13 concorrentes da sigla que receberam bem pouco para suas campanhas.

O valor recebido por Boulos corresponde a 44% do teto de gastos em São Paulo, que é de R$ 67 milhões. Já Lúdio teve direito a R$ 2,1 milhões, o que representa pouco mais de 15% do limite de gastos no 1º turno de Cuiabá, que é de R$ 13,2 milhões. 

Em 13 capitais o partido não tem dado o suporte necessário aos seus candidatos. É a situação vivida por Marcelo Ramos, em Manaus (AM), João Coser, em Vitória (ES), e Rogério Correia, em Belo Horizonte (MG), entre outros.

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A ordem de priorizar a campanha de Boulos partiu do próprio Lula. O presidente autorizou realocar doações que poderiam ir a candidatos do PT para a campanha do psolista em São Paulo. A falta de verba, entretanto, tem inviabilizado as campanhas de petistas nas capitais.

Os candidatos do PT a prefeito que receberam proporcionalmente mais são todos mulheres, o que ajuda o partido a cumprir a cota que o obriga a destinar ao menos 30% do fundo eleitoral a candidaturas femininas.

Para Maria do Rosário em Porto Alegre, por exemplo, o PT repassou R$ 2,9 milhões do partido, o equivalente a 74% do máximo que a candidata pode gastar na campanha para o primeiro turno.

Lúdio Cabral admitiu que a rejeição do PT em Mato Grosso e na capital são uma realidade com a qual ele tem que lidar.

“Eu tenho que ter consciência disso [rejeição do PT], tenho que ter humildade e construir uma agenda de diálogo com com essa parcela do eleitorado, inclusive, para acolher a crítica construtiva que esse eleitorado traz”, disse o candidato.

Nas últimas peças de campanha de Lúdio para a TV aberta, ele aparece conversando com populares que dizem não aprovar o PT, alguns até se intitulam bolsonaristas, mas que mesmo assim votarão no candidato petista.

 

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