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Política e Eleições Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024, 07:40 - A | A

22 de Novembro de 2024, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / INDICIADO PELA PF

Jair Bolsonaro afirma que Ministro Alexandre Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, comentou nesta quinta-feira (21), em sua conta na rede social X, sobre o indiciamento da Polícia Federal (PF). Bolsonaro compartilhou nas redes sociais trechos de sua entrevista ao portal Metrópoles, onde afirmou que aguardará a análise de seu advogado para avaliar o teor do indiciamento. 

Em sua declaração, ele mencionou que a próxima etapa será na Procuradoria-Geral da República (PGR), onde, segundo ele, "começa a luta". Bolsonaro também criticou a equipe responsável pela investigação: "Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar."

Além de comentar sobre o indiciamento da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do processo. Bolsonaro acusou Moraes de conduzir o inquérito de maneira irregular, mencionando práticas que, segundo ele, não estão amparadas pela lei.

"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", afirmou o ex-presidente.

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Operação Contragolpe

Na terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa envolvida no planejamento de assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação faz parte de uma investigação mais ampla sobre tentativas de desestabilizar o governo e desrespeitar a ordem constitucional, no contexto das tensões políticas pós-eleição de 2022.

O grupo, que estava sendo monitorado pelas autoridades, teria arquitetado planos violentos com o objetivo de afetar o processo de transição e a posse dos novos governantes, além de atingir figuras chave do sistema judiciário.

Jair Bolsonaro é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga a existência de uma organização criminosa supostamente coordenada para tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.

O relatório final da investigação sobre o planejamento do golpe de Estado e outros crimes relacionados foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito revela uma rede de envolvidos em ações para subverter a ordem democrática, e resultou no indiciamento de diversas figuras políticas e militares de destaque. Entre os indiciados estão:

Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin).

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.

Esses indivíduos foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

 

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