PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A empresa Eneva – Soluções em Energia está conduzindo uma pesquisa em 14 municípios do Estado do Mato Grosso do Sul para identificar a presença de gás natural. Para essas atividades, foram investidos R$ 200 milhões, o que está gerando mais de 400 empregos. Nesta segunda-feira (15), representantes da companhia se reuniram com o governador Eduardo Riedel para discutir o andamento e os impactos desse projeto.
Durante a reunião, os representantes da Eneva destacaram que a pesquisa será realizada ao longo de 16 meses, abrangendo quatro blocos de cidades, incluindo Ivinhema, Bataguassu, Camapuã, Angélica, Paraíso das Águas, Figueirão, Chapadão do Sul, entre outras. Caso sejam encontradas reservas de gás natural em potencial, um novo investimento será feito para a extração e exploração desse recurso.
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“O governador recebeu hoje a empresa Eneva, que é um grupo nacional na área de produção de gás natural, que há três anos ganhou licitação federal para realizar esta pesquisa aqui no Estado. Eles vieram comunicar que vão iniciar a chamada aquisição sísmica, que é uma fase de pesquisa para identificar a existência de gás natural no Estado”, explicou o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.
Verruck ressaltou que o potencial de exploração (gás natural), poderá ser mais uma atividade econômica importante e nova no Estado. “Não tínhamos nenhuma perspectiva de existir gás no Estado. A empresa fará esta pesquisa durante 16 meses, em uma área de 4 mil quilômetros”.
Frederico Miranda, diretor de exploração e tecnologia de baixo carbono na Eneva, afirmou que este projeto é a longo prazo e pode ser transformador ao Estado. “Fomos muito bem recebidos pelo governador, que recebeu com entusiasmo o projeto. A medida que a gente avance nestas atividades de pesquisa e de fato encontre gás natural, isto pode desencadear uma série de novas industrias e até amplificar outras já existentes no Estado. Nossa expectativa é que em 2026 e 2027 possa iniciar perfuração dos poços exploratórios”.
Frederico também destacou o potencial do Estado para projetos de captura de carbono e bioenergia, vinculados à produção de etanol. "Assim, se vislumbra também avançar na frente de tecnologia de baixo carbono", mencionaram. Outro ponto discutido com as indústrias locais foi o desenvolvimento da produção de biometano na região.