ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Escalado para falar durante o anúncio da Política Nacional de Transição Energética, na manhã desta segunda (26), em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez o prognóstico de que Lula tem grandes chances de fazer o melhor entre os três mandatos na Presidência da República, se comparado com o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL) não fez em sua gestão.
"O presidente [Lula] me pede para transmitir aqui uma mensagem das nossas expectativas em relação à economia brasileira para os próximos anos. Eu penso que é dever nosso salientar o quanto nós avançamos", iniciou Haddad. Após enumerar algumas das mudanças empreendidas ao longo do atual Governo, Haddad emendou: "O senhor corre o risco de ter mais sorte que em seus dois primeiros mandatos e entregar este país crescendo a taxas superiores à média mundial, com uma taxa média de inflação menor do que todos os outros mandatos anteriores, desde que o sistema de metas de inflação foi criado, e a menor taxa de desemprego da série histórica." Ao falar em sorte, Haddad afirmou que estava utilizando bordão do próprio Lula, que se diz um homem de sorte.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
O ministro da Fazenda lembrou que em 2023, acima dos 0,8% projetados por analistas de mercado, o PIB brasileiro cresceu 2,9% e que em 2024, segundo ele, os "maiores especialistas" projetam crescimento de 3,1%. Haddad salientou ainda que reforma tributária projeta impacto adicional de 10% a 20% ao PIB, no prazo de dez anos. Haddad acrescentou que o ambiente de negócios está favorecido pelas reformas que estão sendo aprovadas no Congresso, a quem, conforme tem repetido em seus discursos, o Governo deve parcela significativa dos resultados.
Mais cedo, pelas redes sociais, o presidente já havia feito dobradinha com Geraldo Alckmin, compartilhando mensagem postada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O tema era o mesmo da fala de Haddad: a economia brasileira vai crescer mais que as expectativas até o final de 2026.
Durante o lançamento do plano energético, o presidente Lula recordou da primeira vez em que foi convidado a participar de um encontro do G7, grupo das maiores economias do mundo. Então em seu primeiro mandato como presidente, recordou Lula, sentiu-se encorajado a entrar na sala onde se reuniam as lideranças internacionais por entender que sua experiência pessoal e a importância do Brasil garantiriam boa presença.
"Ninguém gosta de lambe-botas, de gente muito melosa, com complexo de vira-latas, que se subordina muito fácil", resumiu. Naquela ocasião, segundo ele, consolidou uma espécie de síntese do que seriam suas gestões como presidente: "A minha causa é provar que nós brasileiros podemos ser o país do tamanho que a gente quiser: rico, solidário, com inclusão social".