ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), fez sua primeira declaração durante coleiva de imprensa e garantiu que uma das suas primeiras ações a frente do Paço Couto Magalhães será dar início ao processo de concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município. Segundo ela, as prioridades da sua gestão são água e saúde.
A liberal afirma que a situação está insustentável e não há condições de os serviços de saneamento básico continuarem sendo geridos pela administração pública. "Faremos concessão privada, de acordo com a lei de licitações", anunciou a prefeita eleita.
Antes de enviar o projeto que prevê a concessão do DAE para a Câmara de Vereadores, Moretti diz que será feito todo um levantamento e prognostico detalhado de todo Departamento, a fim de embasar a concessão. Contudo Flávia Moretti, não deu prazo para enviar o projeto.
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Moretti ainda frisa que irá debater o assunto com os vereadores, antes de enviar a matéria para apreciação do Legislativo, “O diálogo político vai ter, mas não é uma coisa de se vender ou barganhar”, colocou.
Descartou ainda ceder à pressão de vereadores por cargos e indicações políticas para aprovar as pautas polêmicas, mas que entende ser importante para o município. "O diálogo político vai ter, mas não é uma coisa de se vender, de se barganhar. DAE não se barganha, a água não será barganhada", colocou.
Moretti disse que as áreas de Saúde e Abastecimento de Água serão suas prioridades. “Temos várias urgências, mas água e saúde são as mais importantes. Vou acabar com a fila da Saúde e implantar uma gestão eficiente. No DAE, faremos uma concessão privada de acordo com a Lei de Licitações”, afirmou a prefeita eleita.
Flávia demonstrou confiança de que a medida não enfrentará resistência dos parlamentares. “Quer maior convencimento do que a falta de água? A sede é o que convence. O DAE não consegue atender à demanda da população, então vamos fazer um diagnóstico e enviar a proposta à Câmara no momento certo”, explicou.
Flávia Moretti também criticou o inchaço da máquina pública sob a gestão do atual prefeito, Kalil Baracat (MDB), e afirmou que pretende “enxugar” a folha de pagamento da Prefeitura, que hoje conta com mais de 10 mil servidores. Segundo ela, será necessário realizar demissões para otimizar o funcionamento da administração pública. “A folha de pagamento foi inchada e precisará ser reduzida”, declarou.
No entanto, o vice-prefeito eleito, Tião da Zaeli (PL), garantiu que não haverá perseguições. “Não estamos fazendo caça às bruxas. Aqueles que prestaram bom serviço poderão continuar. O que não será tolerado é a imoralidade e a corrupção”, afirmou. Tião destacou que a Prefeitura deve ser ajustada para atender as necessidades da população, e não demandas particulares.
Tião da Zaeli também criticou a planta genérica de valores utilizada para calcular o IPTU, que, segundo ele, está supervalorizada. “Tem casas sendo vendidas por R$ 100 mil, mas na planta genérica o valor é de R$ 150 mil ou R$ 200 mil. Isso está fora da realidade. Precisamos revisar essa planta, porque somar isso com o aumento de 33% do IPTU seria um caos”, alertou o vice-prefeito eleito.
Além disso, Tião adiantou que, se houver respaldo legal, a nova gestão pretende retirar todos os radares instalados nas vias de Várzea Grande.
