PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na manhã desta última terça-feira (30), cerca de 30 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) protestaram em frente à Prefeitura de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, reivindicando o pagamento de adicional de periculosidade (benefício pago a trabalhador exposto a atividade perigosa), reajuste salarial e promoção para servidores.
Durante o protesto, o vice-presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Alberto da Costa Neto, informou que a categoria também espera a divulgação da lista de enquadramento de promoção, que disponibiliza adicional de 20% no salário dos trabalhadores, que precisava ser publicado até quarta-feira (31), no Diário Oficial de Campo Grande.
“No ano passado não tivemos revisão geral anual, isso tem surtido efeito, prejudica todos os servidores efetivos. Amanhã vence o prazo para o enquadramento de promoção”, disse.
Enfileirados na entrada do Paço Municipal, o grupo cantou o hino nacional e fez um minuto de silêncio pela morte do guarda Célio Guimarães, de 52 anos, que teve 50% do corpo queimado durante um incêndio em uma escola, no Jardim Itamaracá e não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta sexta-feira (26), na Santa Casa.
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O presidente do sindicato, Hudson Bonfim, declara que a lista não foi publicada no Diário Oficial, sem a expectativa de divulgar os servidores aptos para receber o valor em conta.
“Isso é um indício que o adicional não virá. Campo Grande é a única capital brasileira que não paga adicional periculosidade. Novas mobilizações virão, se for preciso até dezembro, sempre organizadas e dentro da legalidade para que nossos direitos sejam cumpridos. Também não descartamos acompanhar aqui, como já foi feito. Nosso colega morreu sem ter seus direitos”, declara Bonfim.
Resposta da prefeitura
Em relação ao adicional de periculosidade para a GCM (Guarda Civil Metropolitana), a prefeitura Adriane Lopes informa que decisão liminar para que o município pague, foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Referente ao enquadramento de promoção, que disponibiliza adicional de 20% no salário dos trabalhadores, a administração municipal publicou em nota que está em análise e em tratativas junto a Seges (Secretaria Municipal de Gestão).
Acompanhe a nota publicada:
A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informa que o enquadramento está em análise e em tratativas junto a Secretaria Municipal de Gestão (Seges) e Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin). Por sua vez, a Procuradoria Geral do Município informa que a decisão liminar que determinou ao Município a implementação do adicional de periculosidade foi suspensa pelo Tribunal de Justiça. Portanto, no momento, não há determinação para implementação do adicional de periculosidade de forma imediata, o que deverá obedecer aos estudos técnicos-financeiros e a legislação vigente.