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Política e Judiciário Sexta-feira, 14 de Junho de 2024, 07:56 - A | A

14 de Junho de 2024, 07h:56 A- A+

Política e Judiciário / SEGUE PARA O SENADO

Câmara dos Deputados aprova criação do cadastro nacional de condenados por violência contra a mulher

No cadastro, serão incluídos dados de condenados por sentença penal transitada em julgado, resguardado o direito de sigilo do nome da ofendida

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) projeto de lei que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher (CNVM), com informações de pessoas condenadas por crimes dessa natureza. A proposta será enviada ao Senado.

De autoria da depurada Silvye Alves (União-GO), o Projeto de Lei 1099/24 foi aprovado na forma de substitutivo do relator, deputado Dr. Jaziel (PL-CE). No cadastro, serão incluídos dados de condenados por sentença penal transitada em julgado, resguardado o direito de sigilo do nome da ofendida.

Para a autora do projeto, em razão da extensão do País, o banco de dados em nível nacional “dará mais um instrumento para a sociedade civil e as autoridades de segurança pública para prevenir tais crimes contra as mulheres”. Ela citou casos de criminosos que praticam esses crimes de forma reiterada e fogem para outra unidade da Federação a fim de se esconder e lá cometem novamente tais crimes.

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O relator do projeto, deputado Dr. Jaziel, também ressaltou que a intenção é evitar que os agressores cometam o mesmo crime com outras mulheres.

O cadastro abrange os seguintes crimes:

  • feminicídio;

  • estupro;

  • estupro de vulnerável;

  • violação sexual mediante fraude;

  • importunação sexual;

  • assédio sexual;

  • registro não autorizado de intimidade sexual;

  • lesão corporal praticada contra a mulher;

  • perseguição contra a mulher;

  • violência psicológica contra a mulher.

  • Dados
    Do cadastro deverão constar dados como nome completo e de documentos de identidade (RG e CPF), filiação, identificação biométrica complementada por fotografia de frente e impressões digitais; endereço residencial e crime cometido contra a mulher.

    O CNVM incorporará informações mantidas pelos bancos de dados dos órgãos de segurança pública federais e estaduais.

    Caberá ao Executivo federal gerir o cadastro, permitindo a comunicação dos sistemas para compartilhamento de informações, que deverão ser periodicamente atualizados e permanecer disponíveis até o término do cumprimento da pena ou pelo prazo de três anos, se a pena for inferior a esse período.

    As regras entram em vigor 60 dias depois de sua publicação.

    Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

     

     

     

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