ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃOcom
Parlamentares bolsonaristas de Mato Grosso criticaram a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou a denúncia contra o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e outras 33 pessoas. A acusação foi protocolada nesta quinta-feira (18), como líder de uma organização criminosa, para que não se concretizasse o resultados das eleições de 2022.
O senador Wellington Fagundes (PL), junto de vários outros parlamentares como os deputados federais Nelson Barbudo (PL), José Medeiros (PL), Coronel Assis (União) e o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) classificaram como “perseguição política” a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados políticos.
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Por meio de postagens nas redes sociais, os políticos desferiram críticas à atitude e apontaram que o fato demonstra que instituições estão sendo usadas para fins ideológicos ferindo o princípio da imparcialidade.
“Manifesto meu absoluto repúdio à denúncia apresentada pela PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Trata-se de mais uma clara tentativa de perseguição política, sem qualquer fundamento jurídico sólido, visando criminalizar um líder que sempre atuou em defesa do Brasil e dos brasileiros", disparou Fagundes em um post em suas redes sociais.
Por sua vez, Medeiros também ficou insatisfeito com a notícia divulgada no fim de tarde de terça-feira (18) e utilizou o Instagram para declarar sua indignação:
“Zero dinheiro público roubado, absolutamente nenhum ato ilícito administrativo… é risível a “gravidade” das coisas que lhe acusam! Deixaram esse cara inelegível porque fez uma reunião com embaixadores (...) Bolsonaro é a pessoa mais perseguida pelo estado da história do Brasil… é asqueroso o que estamos assistindo!”, diz trecho da legenda em post com foto do ex-presidente.
Cattani considerou perseguição em concordância com o colega parlamentar federal Coronel Assis, que em postagem avaliou “tempos sombrios” e ainda completou: “trata-se de uma clara perseguição política, sem qualquer prova que sustente essas acusações contra o presidente Bolsonaro. O que está acontecendo no Brasil é um verdadeiro absurdo!”.
Diretamente de Brasília, Barbudo descreveu a denúncia da PRG como ‘fantasiosa’, além de considerá-la artifício da ‘esquerda’ para impedir que o ‘capitão’ concorra às eleições de 2026. “Estão buscando um motivo, que não existe, para prender um adversário político. Agora que todos sabem que Bolsonaro é a escolha do povo para 2026, a esquerda está desesperada para tirá-lo do jogo”, frisou em publicação.
Ação na PRG
A denúncia contra Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas foi formalizada pela
no fim da tarde de terça-feira (18). O documento acusa o ex-presidente de ter participação na tentativa de golpe ocorrida em 2022 logo após as eleições presidenciais em que o “Capitão” perdeu para o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A acusação teve como base o inquérito que investigou o ex-presidente e seus auxiliares, como os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, ambos generais da reserva do Exército Brasileiro.