PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, em cooperação com a Polícia Civil do Estado do Pará, deflagrou a Operação "Pé de Coelho" nesta terça-feira (25), abrangendo diversas cidades como Goiânia (GO), Senador Canedo (GO), Guapó (GO), Belém (PA), Ananindeua (PA), e região do Distrito Federal. A operação resultou na execução de 26 ordens judiciais, incluindo a prisão preventiva de 12 indivíduos e a apreensão de uma arma de fogo. Os crimes investigados incluem estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Estas ações criminosas causaram um prejuízo estimado em R$ 100 mil para a vítima. Atualmente, três pessoas estão em situação de foragidos em relação às investigações em curso.
Conforme divulgado pela PCGO, os criminosos, para obtenção da quantia ilícita, aplicaram o “golpe do boleto reverso” que tem como objetivo enganar as vítimas e fazê-las realizar pagamentos para contas controladas por infratores. O golpe do boleto reverso é uma prática criminosa sofisticada onde os golpistas falsificam boletos bancários de pagamento. Os boletos falsificados são feitos de maneira que pareçam legítimos, com todos os dados aparentemente corretos, incluindo o código de barras e informações de pagamento. No entanto, a diferença crucial é que, ao invés do dinheiro ser direcionado para a conta da vítima que efetuou o pagamento, ele é redirecionado para contas controladas pelos criminosos.
Os criminosos envolvidos nesse golpe utilizaram não só a fraude material do boleto, alterando o código de barras, mas também técnicas de engenharia social, como a impersonificação, se passando pela dona da lotérica e por um cliente, e o quid pro quo - algo em troca de algo - prometendo benefícios após a execução de ações específicas.
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Ao todo, foram realizadas 50 transações via PEC, totalizando R$ 100 mil para 10 contas beneficiárias diferentes. Os golpistas enviavam comprovantes de pagamentos falsos, simulando ser a dona da lotérica, para dar aparência de legitimidade às transações.
A estrutura da associação criminosa envolvida se divide em aplicadores, intermediários e beneficiários propriamente ditos, demonstrando um alto nível de profissionalismo na organização do golpe. Se condenados, os envolvidos podem enfrentar uma pena de até 21 anos de reclusão.