A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso, Gisela Cardoso, informou neste sábado (06) que a instituição acompanhará as investigações do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, 72 anos.

A comissão da OAB-MT é formada pela presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) Regina Dessunte, o membro honorário da OAB-MT e ex-presidente, Ussiel Tavares, e o conselheiro federal Stanly Paniago.

Desde o conhecimento do atentado, a presidente da OAB-MT tem mantido contato com as autoridades da Segurança Pública e nomeou uma comissão para acompanhar as investigações. "Esta comissão estará acompanhando diretamente todo processo de investigação. Vamos solicitar à DHPP que seja permitido acompanhamento direto da comissão em todos os passos da investigação"", anunciou Cardoso.

Nery foi baleado na última sexta-feira (05) na Avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá, e veio a óbito na madrugada deste sábado (6) no Complexo Hospitalar de Cuiabá (CHC), onde estava internado.

"A advocacia está em luto com essa tragédia. Perdemos um advogado, um ex-presidente da OAB Mato Grosso, de forma brutal, vítima de um atentado. Então, a OAB Mato Grosso nesse momento registra toda solidariedade a família enlutada, mas também precisamos registrar toda indignação e a busca por um esclarecimento rápido e eficiente", declarou Gisela.

A presidente da Ordem destacou que o assassinato de um advogado acaba sendo um atentado contra o sistema de Justiça. Por isso, deve haver a rápida investigação.

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Além disso, Gisela Cardoso agendou audiências com o governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos), com o secretário de Segurança Pública, Coronel Roveri, além dos delegados responsáveis pela investigação. "Precisamos assegurar essa maior segurança. Falamos de um crime contra um advogado, mas a Ordem também é a voz da sociedade civil organizada. Então buscamos essa segurança pública para toda a sociedade".

A presidente citou ainda que, desde ontem, tem acompanhado a situação. "Estou em contato direto com a Polícia Civil. O que eles nos informam é que desde ontem, no momento do atentado, estão diligenciando, trabalhando sem parar, esperam poder em breve trazer os esclarecimentos necessários. A gente acredita que isso virá, mas não há ainda qualquer informações específica sobre as investigações", pontuou.

Gisela voltou a citar que o atentado atinge diretamente o sistema de Justiça e ainda a própria sociedade. Ela ainda cobrou a aprovação de dois projetos em tramitação no Congresso Nacional que visa a proteção dos advogados.

"Advocacia é um dos atores do sistema de Justiça, então precisamos também de proteção.

Além disso, a OAB-MT decretou luto de 3 dias.