ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (04), a segunda fase da Operação Venire, que apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.
Na atual fase são cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias/RJ, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 naqueles sistemas.
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A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento.
Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e Duque de Caxias/RJ.
Os mandados foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo Supremo Trbunal Federal (STF).
Segundo o inquérito da PF, foi da cidade de Duque de Caxias que partiu a adulteração nos registros de aplicações de doses de vacina da Covid-19, no ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a PF, em dezembro de 2022, João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias, inseriu dados fraudulentos no sistema do SUS sobre a suposta vacinação de Bolsonaro.
As informações apontavam que o então presidente recebeu doses da vacina Pfizer nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022. No entanto, de acordo com as diligências, o deslocamento do então presidente até a cidade na Baixada Fluminense nas datas indicadas não era viável.
Brecha foi preso durante a primeira fase da Operação Venire. Nesta quinta, foi deflagrada a segunda fase das diligências.