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Polícia Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 15:01 - A | A

03 de Junho de 2025, 15h:01 A- A+

Polícia / "CONDUTA RESPEITOSA"

Autor da Chacina de Sinop pede para deixar solitária após alegar perdão do Comando Vermelho

Condenado a 136 anos, Edgar Ricardo Oliveira afirmou em audiência que foi perdoado pelo Comando Vermelho e que não sofre ameaças dentro da Penitenciária Central do Estado

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Edgar Ricardo Oliveira, condenado a 136 anos de prisão pela morte de sete pessoas na chamada “Chacina de Sinop”, pediu à Justiça para deixar a solitária e voltar ao convívio com outros presos na Penitenciária Central do Estado (PCE). Durante audiência na última quinta-feira (29), ele afirmou ter sido “perdoado” pelo Comando Vermelho e negou sofrer ameaças dentro do presídio.

Logo após a chacina, circularam nas redes sociais diversas mensagens que atribuíam ao Comando Vermelho a ordem para execução de Edgar, o que motivou sua permanência em cela isolada desde então.

Diante do pedido, durante a audiência com o juiz Geraldo Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais da Capital, Edgar afirmou que não houvera ameaças contra ele por parte dos faccionados e que ele sempre manteve uma “conduta respeitosa” no ambiente prisional. Além disso, Edgar afirmou que foi “perdoado” pelo Comando Vermelho. Sendo assim, o magistrado determinou que o setor de inteligência e a diretoria da PCE realizem uma avaliação técnica para verificar se há condições seguras para a reintegração do preso ao convívio geral. 

O prazo estipulado para a análise é de três dias.

Entenda o crime:

No dia 21 de fevereiro de 2023, a cidade de Sinop (a 504 km de Cuiabá) foi palco de um crime bárbaro que chocou a população pela frieza dos executores. Sete pessoas foram assassinadas a tiros dentro de um bar após uma disputa de sinuca que terminou em tragédia.

Segundo a Polícia Civil, os autores da chacina foram Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27. Ambos são moradores de Sinop e possuem passagens pela polícia por crimes como porte ilegal de arma, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal, ameaça e violência doméstica. Ezequias, à época, também tinha um mandado de prisão em aberto.

A tragédia teve início no Bruno Snooker Bar, onde Edgar e Ezequias disputavam partidas de sinuca apostadas contra a vítima Getúlio, um frequentador do local. Após perderem cerca de R$ 4 mil, Edgar deixou o bar, revoltado. Mais tarde, retornou acompanhado de Ezequias e desafiou Getúlio para uma nova rodada, mas novamente foram derrotados.

Insatisfeito com as perdas, Edgar arremessou o taco de sinuca sobre a mesa e deu um sinal para o comparsa, que sacou uma pistola calibre .380 e rendeu os presentes. Enquanto isso, Edgar foi até sua caminhonete, pegou uma espingarda calibre 12 e iniciou os disparos.

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No momento da chacina, havia 11 pessoas no bar, incluindo os dois criminosos, o proprietário do estabelecimento, Getúlio e sete clientes. Três das vítimas, que tentaram fugir correndo, foram atingidas pelas costas e morreram ainda no local — entre elas, uma adolescente de 12 anos, filha de Getúlio. Outra menina conseguiu escapar.

Após os assassinatos, a dupla recolheu dinheiro e objetos do bar e fugiu. A brutalidade do crime, registrada por câmeras de segurança, causou grande comoção pública e repercussão nacional.

Veja também: Dupla mata sete pessoas em bar após perder aposta em jogo de sinuca

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