GIOVANNA PÉCORA
DO METRÓPOLES
Por causa de confrontos entre grupos armados e a polícia, além de ataques a bairros, o ano de 2024 registrou a morte de pelo menos 131 crianças e bebês no Haiti. Segundo a organização não governamental Save the Children, a média é de cinco crianças mortas ou feridas por semana nos primeiros seis meses do ano devido à violência no país.
O número de vítimas pode ser superior ao que consta na análise de dados verificados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Algumas foram mortas por apoiarem gangues rivais ou autoridades policiais. Outras acabaram acusadas de delitos menores, sofreram linchamento e morreram.
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Em junho, a ONU aprovou uma missão de segurança para atuar no Haiti, chamada Multinational Security Support (MSS). A organização alertou que mais crianças poderiam enfrentar riscos adicionais, a menos que sejam implementadas medidas robustas de proteção.
“Por trás desses números assustadores estão crianças reais que foram gravemente feridas ou mortas. E a verdadeira extensão dessa crise é provavelmente ainda pior do que os números verificados disponíveis. Nossos parceiros locais e equipe no local testemunharam um aumento de violência contra crianças de cortar o coração este ano”, contou Chantal Sylvie Imbeault, diretora da Save the Children.
Ela também solicitou que a organização internacional mantenha a atenção voltada para as crianças do Haiti.
O órgão trabalha no Haiti desde 1978, tanto em comunidades urbanas quanto rurais, fornecendo assistência financeira para que as famílias possam adquirir itens essenciais.