PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta segunda-feira (22), o presidente da Argentina Javier Milei recuou em alguns pontos importantes e enviou nova versão do pacote de decretos ao Congresso. O objetivo de chegar a um consenso para negociar com a oposição, e um dos principais é a questão das privatizações. Milei desistiu de privatizar a companhia de petróleo YPF e, também, decidiu privatizar apenas parcialmente o Banco de La Nación, que é o equivalente ao Banco do Brasil.
A YPF é a maior perfuradora e refinadora de petróleo da Argentina. Ela foi nacionalizada em 2012 para liderar o desenvolvimento das riquezas do xisto em Patagônia, depois que os proprietários espanhóis foram acusados de negligenciar a produção.
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Além disso, o presidente argentino incluiu uma medida de alta popularidade: as aposentadorias serão reajustadas mensalmente de acordo com a inflação a partir de abril. O novo decreto também limitou os super poderes que Milei pleiteava, como, por exemplo, governar por decretos em certos assuntos. Por último, o governo eliminou o polêmico artigo que considerava “manifestação” uma reunião de três ou mais pessoas.
O chamado projeto de lei geral, atualmente em debate na Câmara dos Deputados, foi alterado após negociações com parlamentares. Essa é a indicação mais clara até agora de que Milei, um linha-dura libertário, cujo partido tem uma minoria no Congresso, está disposto a fazer concessões para impulsionar um pacote de reformas que mudariam a estrutura da economia intervencionista da Argentina em direção a um livre mercado.