NIDAL AL-MUGHRABI
DA REUTERS
Ataques aéreos israelenses nesta terça-feira (18) mataram pelo menos 17 palestinos em dois dos campos de refugiados tradicionais da Faixa de Gaza e os tanques israelenses avançaram ainda mais na cidade de Rafah, no sul do enclave, disseram moradores e médicos.
Os moradores relataram bombardeios pesados de tanques e aviões em várias áreas de Rafah, onde mais de um milhão de pessoas haviam se refugiado antes de maio. A maior parte da população fugiu em direção ao norte desde então, quando as forças israelenses invadiram a cidade.
“Rafah está sendo bombardeada sem nenhuma intervenção do mundo, a ocupação (Israel) está agindo livremente aqui”, disse um morador de Rafah e pai de seis filhos à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.
Os tanques israelenses estavam operando nas áreas de Tel Al-Sultan, Al-Izba e Zurub, no oeste de Rafah, bem como em Shaboura, no centro da cidade. Eles também continuaram a ocupar os bairros e os arredores do leste, além da fronteira com o Egito e a passagem vital da fronteira de Rafah.
“Há forças israelenses na maioria das áreas, há resistência pesada também e eles estão fazendo com que paguem caro, mas a ocupação não é ética e eles estão destruindo a cidade e o campo de refugiados”, afirmou o morador.
Autoridades de saúde palestinas disseram que um homem foi morto pela manhã por fogo israelense no lado leste de Rafah. Os médicos disseram acreditar que muitos outros foram mortos nos últimos dias e semanas, mas as equipes de resgate não conseguiram chegar até eles.
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