DA REUTERS

Discos de pescoço de ouro, uma espada, uma cadeira real e dezenas de outros tesouros saqueados durante o domínio colonial britânico foram exibidos em Gana nesta semana pela primeira vez desde seu retorno histórico.

Pessoas viajaram de todo o país da África Ocidental para ver o saque repatriado na cidade de Kumasi, a sede do rei Asante Otumfuo Osei Tutu II, conhecido como o Asantehene.

“Os itens que voltaram são praticamente a alma do povo de Asante”, disse o monarca na exposição, que marca seu jubileu de prata.

As insígnias de ouro foram saqueadas durante a colonização britânica de 1821-1957 do que é hoje Gana, grande parte delas tomadas durante batalhas violentas com o reino Asante e colocadas em museus.

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Os museus Britânico e Victoria & Albert de Londres, e o Museu Fowler da Universidade da Califórnia, enviaram os artefatos de volta no início deste ano – parte de um movimento crescente de instituições ocidentais para reexaminar legados coloniais.

As negociações para a devolução dos itens levaram mais de 50 anos, disse o Asantehene.

Outros museus nos EUA e na Europa concordaram em devolver tesouros retirados do Reino do Benim, na atual Nigéria, e receberam pedidos de devolução de outros países do continente, incluindo o Egito e a Etiópia.

A maioria dos 42 itens em exibição no Museu do Palácio Manhyia, em Kumasi, foi levada durante cinco batalhas entre o Reino Asante e o Reino Unido, conhecidas como as guerras Anglo Asante. Muitos foram saqueados diretamente do palácio Asante.

Alguns dos principais museus nacionais do Reino Unido são proibidos por lei de entregar ou descartar a maior parte de suas coleções. Portanto, 32 objetos do Museu Britânico e do Victoria & Albert Museum (V&A) estão em Gana emprestados.

O V&A emprestou 17 itens ao museu Manhyia por três anos, com a possibilidade de renovação por mais três anos. Os objetos incluem um cachimbo de paz de ouro e discos de ouro usados durante cerimônias reais.