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Internacional Sexta-feira, 09 de Agosto de 2024, 08:52 - A | A

09 de Agosto de 2024, 08h:52 A- A+

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Fotos da ex-primeira-dama da Argentina mostram hematomas após agressões de Alberto Fernández, diz site

Fabiola Yañez aparece em troca de mensagens com o ex-marido acusando-o de agredi-la por dias seguidos

DA CNN

Imagens divulgadas nesta quinta-feira (8) mostram a ex-primeira dama da Argentina Fabiola Yañez, que denunciou o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández por violência doméstica, com hematomas pelo corpo após uma suposta agressão cometida pelo então marido.

O site de notícias argentino Infobae divulgou as imagens que revelam uma discussão entre Yañez e Fernández em um aplicativo de mensagens.

Yañez envia fotos ao ex-presidente evidenciando um olho roxo e escoriações no braço, repreendendo a violência.

“Isso não funciona assim, você me bate toda hora. Não é normal. Não posso deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada contra você. E tudo que tento fazer com a mente focada é defender você, e você me bater fisicamente. Não há explicação”

De Yañes, repreendendo a violência sofrida

Nas capturas de tela divulgadas pelo site argentino, Yañez se queixa de estar sendo agredida há 3 dias seguidos, e Fernández responde pedindo que a discussão acabe porque está se sentindo mal e com dificuldades para respirar.

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“Tenho dificuldade em respirar. Por favor, pare. Eu me sinto muito mal”, diz Fernández, afirmando que o casal estava brigando “por causa dos outros”.

Captura de tela mostrando conversa entre o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández e a ex-primeira dama Fabiola Yañez / Reprodução/Infobae

“Você me bateu de novo. Você é louco”, rebate Yañez.

Durante o seu governo, Fernández tomou iniciativas a favor do movimento feminista e chegou a falar contra a violência de gênero, além de promover a lei que legalizou o aborto na Argentina.

Denúncia de violência doméstica

Alberto Fernández, que esteve à frente da Presidência da Argentina entre 2019 e 2023, foi denunciado de cometer agressão física por sua esposa Fabiola Yañez, que participou de uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini na última terça-feira (6).

Segundo o jornal argentino Clarín, algumas agressões teriam acontecido durante a gravidez de seu filho Francisco, em 2022, quando Fernández ainda era presidente do país.

O caso tomou proporções públicas quando fotos e áudios compartilhadas entre e Yañez e a secretária do ex-presidente, María Cantero, foram encontrados pelo Ministério Público da Argentina durante a perícia do celular de Cantero, num outro processo que faz parte do “caso do seguro”.

Trata-se de uma investigação conduzida por Ercolini sobre um suposto favorecimento de um agente de seguros vinculado ao ex-presidente.

Alberto Fernandez e sua parceira Fabiola Yañez são vistos na rua após votar durante as eleições presidenciais na Argentina em 27 de outubro de 2019 em Buenos Aires, na Argentina / Ricardo Ceppi/Getty Images

O advogado que representava Fernández e Yáñez, Juan Pablo Fioribello, confirmou a vários meios de comunicação da Argentina a existência das conversas e fotografias, mas negou tê-las visto.

Fioribello disse que Yáñez chegou a desistir de prestar queixa contra o ex-presidente.

“Na verdade, essas conversas existiam. Fiquei sabendo porque Julián Ercolini me contatou do tribunal, sabendo que sou advogado de Fabiola Yáñez em outros casos. Queriam localizá-la porque ela está fora do país, está em Madrid. O juiz ofereceu-lhe para apresentar queixa, mas ela não quis. Por esse motivo, o tribunal arquivou esse incidente”, disse o advogado ao Infobae.

O advogado que trabalha tanto com o ex-presidente quanto com Yáñez acrescentou: “Ambos me reconheceram que houve uma forte discussão, como qualquer casal, mas que não houve golpes”.

Segundo a publicação do Infobae, Yáñez trocou sua defesa e deve prestar depoimento, ainda sem data marcada até a última atualização desta reportagem.

O ex-presidente, que está proibido de sair da Argentina e se aproximar ou se comunicar com Yañez, que vive na Espanha com o filho, entre outras medidas cautelares determinadas pelo juiz.

(Com informações de Betiana Fernández Martinoda, da CNN)

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