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Voluntários criam abrigos exclusivos para mulheres após registros de violência

Voluntários estão buscando montar abrigos exclusivos para mulheres e crianças, após relatos de violência e estupro em locais que recebem desabrigados no Rio Grande do Sul

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Os voluntários estão trabalhando duro para garantir que mulheres e crianças desabrigadas tenham um espaço seguro e protegido para ficarem longe de situações de violência e abuso. Eles estão buscando montar abrigos exclusivos para mulheres e crianças, após relatos de violência e estupro em locais que recebem desabrigados no Rio Grande do Sul (RS).

Nao podemos deixar de falar sobre os esforços e apoio dos voluntários, que está sendo essencial para garantir que esses abrigos exclusivos sejam uma realidade e que mulheres e crianças desabrigadas tenham acesso aos cuidados e proteção necessários.

As voluntárias não permitiram a divulgação do local da casa que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), nem a divulgação das imagens, por medo do local ser alvo de criminosos.

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Ministério das Mulheres 

Em nota, o Ministério das Mulheres informou que a ministra Aparecida Gonçalves recebeu as denúncias na noite desta última terça-feira (7) e na manhã de quarta-feira (8) criou um grupo de trabalho interno para construir medidas e articulações, assim como para manter o diálogo com representantes da sociedade civil no RS.

A pasta ainda informou que desde as denúncias, as forças policiais do RS informaram ter aumentado a segurança nos abrigos.

O Ministério das Mulheres está organizando a ida da ministra até o estado e também de uma equipe para ficar no local, entre outras ações.

A deputada estadual Delegada Nadina (PSDB) se reuniu com Ministério Público do Estado e representantes da Prefeitura e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul  nesta quinta-feira (9), para criar abrigos exclusivos para mulheres e crianças em Porto Alegre.

Segundo a parlamentar, as instituições vão buscar nos próximos dias um local na capital gaúcha. A intenção é montar um abrigo provisório para mulheres nos próximos três dias.

Movimentos Feminista

Na tarde desta terça-feira (7), os movimentos feministas participaram de uma reunião emergencial com a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, de forma online. Cerca de 40 mulheres gaúchas, de diversos segmentos, relataram a grave situação das mulheres no estado durante a crise climática que assola o Rio Grande do Sul e apresentaram denúncias que vêm recebendo.

"Há uma crise humanitária nessas situações, sendo as mulheres e as crianças as mais atingidas", ressaltaram as participantes. Chamada inicialmente pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e pelo Ministério das Mulheres, a reunião foi intermediada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM). 

Os movimentos denunciaram que já se constatou que nos abrigos criados emergencialmente vêm ocorrendo casos de violência de gênero, como assédio e violência sexual, em razão da precariedade desses espaços e da ausência de protocolos, além da improvisação.

De acordo com a jornalista e integrante do Levante Feminista contra o Feminicídio, Télia Negrão, relatou denúncias de mulheres que, quando resgatadas, foram deixadas em beiras de estradas. Nesses locais elas foram assaltadas e estupradas. "Nós já temos alguma documentação sobre isso, mas não temos toda a documentação ainda", relata.

De acordo com Télia, foi encaminhada na tarde desta quarta-feira (8), pela Ong Themis, em parceria com o Levante Feminista contra o Feminicídio e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, uma ação no Ministério Público para exigir medidas que estabeleçam um parâmetro mínimo para que as mulheres sejam acolhidas em algum lugar. 

"A situação das mulheres é de muita tristeza. Tem muitas em estado de choque ainda com tudo que passaram. Algumas perderam parentes. Temos uma mãe que a gente tem escutado na rádio que perdeu uma das filhas gêmeas, porque o barco virou. Isso comove a gente. Um sofrimento para todas nós."

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