PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A situação das queimadas no Pantanal é alarmante, com o fogo consumindo mais de 100 mil hectares nas últimas 24 horas, atingindo 8,7% do bioma e ultrapassando 1,3 milhão de hectares desde o início de 2024. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), que emitiu um alerta de perigo meteorológico de fogo para a Bacia do Alto Paraguai até o dia 10 de agosto.
Segundo os dados divulgados, a maior parte da região está sob risco extremo de que uma ignição se torne um incêndio de grandes proporções, com características de difícil combate até mesmo por meios aéreos e alta velocidade de propagação.
Desde o início de agosto, imagens impressionantes de céu avermelhado pelo fogo e acinzentado pela fumaça, chamas invadindo a BR-262, e filhotes de onça carbonizados têm circulado nas redes sociais, destacando a gravidade das queimadas no estado do Mato Grosso do Sul.
O último boletim divulgado pelo governo do estado sobre a operação de monitoramento, combate e rescaldo do fogo indica a presença de seis focos de incêndio ativos e duas áreas sob monitoramento. Essas imagens e dados refletem a situação crítica enfrentada pela região, exigindo esforços contínuos das autoridades para controlar os incêndios e minimizar os danos ao bioma e à fauna local.
Na região da Nhecolândia, no município de Corumbá, um foco de incêndio está demandando significativos esforços das frentes de combate devido à rápida expansão causada por intensas rajadas de vento. A situação é especialmente crítica no Parque Estadual do Rio Negro e nas áreas ribeirinhas, que estão sob ameaça de propagação do fogo.
Na região do Albuquerque, também em Corumbá, onde foram registradas imagens das chamas alcançando a BR-262, a prioridade das operações tem sido a proteção das áreas habitadas e a garantia da segurança das pessoas.
O incêndio nessa região se expandiu para uma área próxima à Fazenda Caiman, no município de Aquidauana, onde foram encontrados filhotes de onça carbonizados. Em resposta, o governo estadual intensificou as ações na região para proteger a área de preservação ambiental, reforçando os esforços de combate ao fogo e mitigação dos danos ambientais.