Cuiabá, 01 de Julho de 2025
DÓLAR: R$ 5,46
FTN Brasil | Jornal de Verdade

Geral Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 17:33 - A | A

13 de Junho de 2024, 17h:33 A- A+

Geral / AMAZÔNIA

Projeto Museu das Amazônias para marcar COP 30 recebe doação de US$ 800 mil

Projeto recebeu recursos não reembolsáveis do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e terá apoio do BNDES na articulação de apoiadores

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) anuncia nesta terça-feira (11), a aprovação de concessão de apoio não reembolsável de US$ 800 mil (aproximadamente R$ 4,2 milhões) ao governo do Pará para a criação do Museu das Amazônias. O projeto terá suporte técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito de acordo de cooperação técnica discutido entre o banco e a Secretaria de Cultura do Pará.

O museu será um dos legados deixados pela 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em Belém (PA), em novembro do ano que vem.

Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo linkFTN BRASIL 

O evento de anúncio do acordo de cooperação e da doação, realizado na sede do BNDES, no Rio, contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados e participação virtual  do governador do Pará, Hélder Barbalho. O BNDES colabora no esforço de articulação de novos parceiros e apoios para a viabilização do museu.

“O banco soma seus esforços à ações já existentes para a implementação do projeto”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Legado da COP30, o Museu das Amazônias será um equipamento de difusão científica e cultural, que dará voz aos seus habitantes e comunidades, de forma duradoura, construtiva e lúdica, fomentando um novo polo turístico agregador”, completou.

“Lançamos hoje a pedra fundamental desse espaço tão importante, que será um dos principais legados da COP 30 e que vai muito além de ser um Museu como conhecemos tradicionalmente. Será um espaço de informação, de capacitação, educativo e que possibilitará o vislumbre da complexidade e da riqueza da Amazônia, que se estende por oito países e que é pilar fundamental da biodiversidade e da sustentabilidade climática do planeta. Com esses recursos iniciais, faremos essa iniciativa decolar, com o apoio do BNDES em seu papel de articulador de parceiros que viabilizem a construção desse valioso bem cultural brasileiro”, declarou Díaz-Granados.

O plano de trabalho do projeto é fruto de acordo de cooperação já firmado do governo paraense com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Os recursos do CAF serão destinados ao desenvolvimento do desenho e à implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu, assegurando a qualidade técnica, os critérios de sustentabilidade e o alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica, incluindo o estado do Pará e o município de Belém.

A cooperação internacional inclui também o desenvolvimento de programas de investigação, inovação, desenvolvimento tecnológico e de conhecimentos tradicionais locais e ancestrais, sob os conceitos programáticos do Museu. Além disso, está previsto o estabelecimento de um plano museológico e programas de capacitação para docentes, educadores e investigadores e redes colaborativas entre atores-chave, promovendo o intercâmbio de experiências, a colaboração e o desenvolvimento contínuo das práticas educacionais e científico-culturais relacionadas à Amazônia.

A construção do conteúdo museográfico e expográfico terá a parceria do Museu Goeldi (MCTI), que também atuará na articulação com centros de pesquisa e produção científica da Pan-Amazônia. O conceito proposto é o de um espaço interativo para compartilhar e aplicar o conhecimento científico, a inovação, o desenvolvimento tecnológico e os saberes tradicionais, comprometido com a sustentabilidade, biodiversidade e pluralidade cultural.

O museu contemplará um olhar sobre os povos de todos os territórios que compõem a Amazônia, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em quatro eixos temáticos: Amazônia milenar – que promove os  saberes ancestrais indígenas; Amazônia secular – um olhar para os ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região há séculos; Amazônia degradada – alertando o risco sobre a região e o mundo; e Amazônias possíveis – um debate sobre os rumos do bioma.

 

Comente esta notícia

Esse est et proident pariatur exercitation