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Geral Quinta-feira, 16 de Maio de 2024, 16:35 - A | A

16 de Maio de 2024, 16h:35 A- A+

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Para combater incêndios florestais no Pantanal, Governo de MS instala bases dos bombeiros em 13 áreas

Nesta quarta-feira (15), três bases foram estabelecidas, via terrestre, na fazenda Novo Horizonte, Forte Coimbra e Campo Lourdes. Na próxima semana, mais seis bases serão instaladas

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A atuação dos profissionais do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) faz parte de um plano abrangente do Governo de Mato Grosso do Sul para mitigar os dados dos incêndios florestais no Pantanal, devido ao alerta climático para todo o MS que registra chuvas abaixo da média desde dezembro do ano passado.

E, para atuar de maneira eficiente e garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais na região do Pantanal de MS, o Governo do Estado iniciou a instalação de bases avançadas no bioma. O trabalho está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e teve início nesta última terça-feira (14) com o envio de equipamentos pelo Rio Paraguai - por uma barca - para quatro bases localizadas em regiões conhecidas como Jatobazinho, Barra do São Lourenço e Redário, além da Santa Mônica, que é uma base terrestre com acesso mais rápido pelo rio. Nesta quarta-feira (15), mais três bases foram estabelecidas, via terrestre, na fazenda Novo Horizonte, Forte Coimbra e Campo Lourdes. Na próxima semana, outras seis bases serão instaladas.

Na Barra do São Lourenço os bombeiros recebem reforço de estrutura, pois o local já tem uma equipe em atuação desde o fim de abril, montada antecipadamente por conta de um incêndio da divisa com o estado do Mato Grosso.

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"Com a nossa presença no local, caso aconteça um incêndio, a resposta é muito mais efetiva. A gente já vivenciou isso duas semanas atrás quando monitoramos o incêndio do lado do Mato Grosso. O trabalho no local já teve resultado positivo. A resposta aconteceu, a gente já viu que funciona. Agora é só estabelecer as demais bases com o intuito de levar principalmente prevenção. Mas se caso acontecer (um incêndio), estaremos mais perto com equipamento, viaturas e pessoal especializado", disse a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

Na base mais distante, a previsão é de que a embarcação demore dois dias para chegar no local. "Num combate a incêndio real, em dois dias ele estaria muito propagado. No incêndio que atuamos próximo ao MT, quando se aproximou da divisa, adiantamos o estabelecimento da base. A equipe ficou monitorando a região. Quando o fogo se aproximou da divisa, fizemos um sobrevoo para poder avaliar a situação. A guarnição que já estava posicionada, quando o fogo atravessou a margem, fizeram um combate muito rápido, apenas 9 hectares foram atingidos e o incêndio foi controlado. Só para comparar, no lado do MT, a gente calculou mais de 3 mil hectares", explicou a tenente-coronel Tatiane.

"É a primeira vez que algo assim está acontecendo. Esta é a grande resposta que o Estado dá para o combate aos incêndios no Pantanal. A gente acredita muito nesta iniciativa porque estaremos aonde começam os incêndios, que é o mais importante, por conta da dificuldade de acesso às regiões do Pantanal", afirmou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante geral do CBMMS.

A instalação das bases, consiste em disponibilizar estrutura - com caixas térmicas, mini geladeiras, motor, moto-gerador, equipamentos de combate a incêndios, utensílios de cozinha - para que as equipes do CBMMS estejam nos locais mais distantes de maneira permanente durante o período de temporada de incêndios florestais.

Os materiais e suprimentos, além de veículos para deslocamento nas áreas e viatura de transporte de água, foram enviados em uma barca para os quatro locais. E hoje as os militares foram enviados, também pelo Rio Paraguai, além das três equipes por terra.

"Em uma semana as 13 bases estarão instaladas. É uma logística e planejamento muito grande, mas o CMBMMS está pronto para atuar em todo o Estado", afirmou Rampazo.

As bases avançadas são instaladas em paralelo ao trabalho preventivo – com orientação e educação ambiental –, para facilitar o deslocamento das equipes e a resposta no controle das chamas, especialmente em áreas de difícil acesso.

"Foi uma análise estratégica dessas bases avançadas por conta da dificuldade de acesso por terra, embarcação. Além de diminuir o tempo resposta, os militares vão estar mais próximos dessas comunidades ribeirinhas, povos originários e propriedades privadas. É uma questão também de cidadania", afirmou a diretora do CBMMS.

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