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Geral Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 16:45 - A | A

15 de Julho de 2024, 16h:45 A- A+

Geral / OPERAÇÃO PANTANAL 2024

Força-tarefa segue ativa para prevenir e combater incêndios em nova onda de calor e tempo seco

Essa abordagem preventiva é crucial para minimizar os danos e preservar a biodiversidade do Pantanal no Mato Grosso do Sul

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A manutenção das equipes de combate aos incêndios florestais no Pantanal, mesmo em condições menos favoráveis à propagação do fogo, é uma medida essencial para garantir a pronta resposta às mudanças climáticas esperadas nas próximas semanas. As baixas temperaturas e a umidade do ar mais elevada temporariamente reduzem o risco de incêndios, mas a previsão de retorno do forte calor e tempo seco requer vigilância constante e preparação contínua. Essa abordagem preventiva é crucial para minimizar os danos e preservar a biodiversidade do Pantanal.

Fora isso, continua o trabalho de rescaldo e prevenção em diversas áreas atingidas pelos incêndios florestais em junho. De acordo com informações do SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Corumbá, um foco de incêndio permanece ativo no Pantanal Sul-mato-grossense, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha.

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Ali, uma força-tarefa atua com o objetivo de realizar não apenas as ações de combate ao incêndio, mas também implementar medidas de controle e monitoramento.

Outro ponto de atenção se concentra na região do Paraguai Mirim, onde equipes trabalham para evitar a reignição dos focos de incêndio e assegurar que estes focos permaneçam confinados dentro da área isolada ao longo das margens do rio Paraguai.

Vale lembrar que devido a riqueza de materiais orgânicos inflamáveis ali presentes, o solo pantaneiro é fertil para a reignição e propagação do fogo, com as popularmente conhecidas turfas, responsáveis pelo conhecido 'fogo subterrâneo' no bioma.

Aeronaves da Força Aérea e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) dão apoio ao trabalho de monitoramento e controle. A preocupação também agora é com a queima lenta dentro das áreas já queimadas, com troncos de árvores ainda acesos, por exemplo. Daí surge a necessidade de rescaldos e cortes para evitar novos incêndios.

Atualmente há 95 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuando na Operação Pantanal 2024, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI, distribuídos em Campo Grande e Corumbá.

Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Tal esforço concentrado teve seu pico há duas semanas, quando os incêndios florestais alcançaram grandes proporções. Diante do trabalho direto de combate e reforço federal, aliado à condição climática, houve uma queda nos números de locais com fogo e de focos ativos.

Em Corumbá, os termômetros marcavam 12°C na manhã de sexta-feira (12) e não passaram dos 17°C ao longo do dia. Já a umidade do ar está em torno dos 55%. Nas primeiras horas do dia havia muita nebulosidade e vento moderado. De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), até sábado os termômetros ficam entre 11ºC e 23°C.

Contudo, na semana que vem os termômetros sobem gradativamente, atingindo máxima de 34ºC e a umidade fica entre 10% e 30%. Ou seja, as condições voltam a ser favoráveis aos incêndios. Por isso a situação de alerta constante. "A nossa estimativa é que tenhamos mais uns três ou quatro dias ainda com o tempo nos ajudando com uma umidade alta", garante o chefe de operações do SCI em Corumbá, coronel Claudiney da Silva Quintana.

"As guarnições foram substituídas no início desta semana, após um longo trabalho de combate a incêndios. Fizemos os rescaldos que tinham que ser feitos e mantemos as 13 bases avançadas com o monitoramento e também as vistorias operacionais em solo, observando os aceiros, as cabeceiras de pontes e estamos aproveitando esse momento agora para a manutenção no nossos equipamentos e veículos que que sofreram com os combates intensos e exigiram muito de suas capacidades tecnicas", completa o chefe do SCI.

 

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