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20 de Janeiro de 2024, 09h:49 A- A+

Geral / CENÁRIO ECONÔMICO

Famílias brasileiras começam 2024 com mais intenção de consumir do que no ano passado

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma “ a nossa expectativa é que o cenário econômico continue melhorando nos próximos meses, o que deve contribuir para um crescimento mais robusto do consumo ao longo de 2024”

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apurou que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) iniciou o ano com queda de 0,5% em janeiro, descontados os efeitos sazonais, o segundo resultado negativo consecutivo. Mesmo assim, o nível de satisfação (acima dos 100 pontos) foi mantido. Na variação anual, o índice subiu 12,8%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que o consumo das famílias brasileiras está em recuperação, mas ainda há desafios a serem superados. “A nossa expectativa é que o cenário econômico continue melhorando nos próximos meses, o que deve contribuir para um crescimento mais robusto do consumo ao longo de 2024”, pontua.

No entanto, mesmo com a preocupação com o emprego e o endividamento, o consumo atual continua sendo afetado. A satisfação com o emprego atual está em 127,7 pontos, apresentando uma queda de 0,3% em relação a dezembro devido ao fato de que muitos empregos temporários de fim de ano não se converteram em efetivações. No entanto, em comparação a janeiro do ano passado, houve um aumento de 7,7%.

Por outro lado, a perspectiva profissional, embora ainda esteja na zona de satisfação com 117,7 pontos, apresentou uma queda de 1% neste mês. Essa percepção do consumidor vem diminuindo de forma mais intensa desde julho de 2023, mas ainda permanece 7,4% acima do registrado há 12 meses.

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A desaceleração da inflação desde setembro do ano passado ajudou as famílias a serem mais positivas em relação à percepção sobre a renda atual, com uma sensação de maior poder de compra. Esse indicador atingiu 124 pontos, o maior patamar desde março de 2015.

A queda da taxa básica de juros (Selic), que passou de 13,75% para 11,75% ao ano entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, também contribuiu para melhorar a percepção das famílias sobre o momento para comprar bens duráveis. O indicador que mede essa impressão alcançou 74,3 pontos em janeiro, o mais alto desde março de 2020, quando iniciou a pandemia de covid-19. Ainda assim, ele segue na zona de insatisfação – 59,5% dos consumidores apontaram que este é um mau momento para adquirir esse tipo de produto.

O subindicador que mede o nível de consumo atual ficou em 92,4 pontos, em janeiro, o que denota insatisfação. Houve queda mensal de 0,7%, mas aumento de 18,1% em comparação com janeiro do ano passado.

“O início do ano exige maior controle do orçamento por conta dos gastos específicos do período, como IPTU, IPVA, material escolar e matrículas, entre outros, o que influencia muito no consumo das famílias“, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. 

No entanto, a perspectiva de consumo para o futuro continua positiva. Esse indicador ficou em 109,8 pontos em janeiro, acima da neutralidade.

A queda da intenção de consumir em janeiro foi puxada principalmente pelas famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, que registraram queda de 0,8%. Já as famílias com renda mais alta tiveram aumento de 0,4%. O subindicador que mede a perspectiva de consumo futuro ficou em 107,5 pontos para as famílias com renda abaixo de 10 salários e em 121,8 pontos para as famílias com renda acima de 10 salários mínimos.

Esse foi o item que mais caiu entre as famílias de menor renda (queda de 2%); porém, desde julho de 2023, essa parcela da população se encontra satisfeita com sua expectativa de consumir. Já em relação às famílias consideradas mais ricas, essa sensação de satisfação ocorre desde novembro de 2022.

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