PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Operação Pantanal 2024 é uma iniciativa crucial para combater os incêndios florestais no Pantanal, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo. O Governo de Mato Grosso do Sul está mobilizado em diversas frentes estratégicas para conter as chamas e proteger a fauna e flora locais. O Corpo de Bombeiros tem desempenhado um papel essencial na linha de frente, trabalhando arduamente para controlar os incêndios e minimizar os danos ao bioma. Ao todo 107 militares, incluindo brigadistas do PrevFogo, estão empregados em diversas localidades críticas, como Porto Esperança, Buraco das Piranhas, Curva do Leque e Porto da Manga. Nestas áreas, estratégias como a criação de aceiros têm sido adotadas para conter o avanço das chamas, com o suporte crucial de produtores rurais locais.
O governo federal também está dando reforço, que deve chegar nos próximos dias para intensificar os esforços de combate aos incêndios. Três aeronaves do Ibama e 60 militares da Força Nacional estão sendo deslocados para Corumbá, equipados com ferramentas especializadas para lidar com incêndios florestais. Esses recursos foram enviados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. As ações serão coordenadas pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI), uma estrutura que facilita a integração e a gestão eficiente de recursos e equipes em situações de emergência.
Essa operação envolve não apenas o combate direto aos focos de incêndio, mas também a implementação de medidas preventivas e a conscientização das comunidades locais sobre a importância de preservar o Pantanal. Além dos esforços terrestres, aeronaves e tecnologias avançadas de monitoramento estão sendo empregadas para identificar rapidamente novos focos e direcionar as equipes de combate de forma eficiente.
Um dos momentos mais delicados do dia ocorreu próximo ao Rio Paraguai, onde uma equipe do Corpo de Bombeiros resgatou um ninho de Tuiuiú ameaçado pelo fogo. Utilizando a embarcação 'Tuiuiú' e água do próprio rio, os bombeiros estabeleceram uma linha de mangueira para proteger o ninho e o ecossistema ao redor, destacando a importância da prevenção.
Além disso, a utilização de aeronaves, incluindo helicópteros para infiltração de brigadistas e resfriamento das margens do rio Paraguai, tem sido fundamental para o sucesso das operações em áreas críticas como a Bahia do Castelo e a região do Abobral.
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Os desafios continuam na região de Porto Murtinho, onde o fogo persiste há quatro dias. Com o apoio conjunto de fazendeiros locais, as equipes de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros estão empenhadas em conter o avanço das chamas, apesar das dificuldades impostas pela mudança na direção dos ventos, aliado ao calor e tempo seco que prevalece ali.
Enquanto isso, as bases avançadas em Redário e São Lourenço continuam monitorando focos de incêndio na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mantendo uma vigilância constante com o auxílio de tecnologias como drones e monitoramento por satélite.
As autoridades locais reiteram a importância da cooperação entre instituições e o apoio da comunidade na proteção do bioma pantaneiro, um patrimônio natural de valor inestimável.