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15 de Abril de 2024, 14h:05 A- A+

Destaque / INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Com orçamento de R$ 40 milhões, BNDES recebe projetos de descarbonização do setor automotivo

esquisas devem contemplar powertrains (trens de força) de baixa emissão, baterias, descarbonização na produção de veículos e biocombustíveis

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu nan última sexta-feira (12), projetos de desenvolvimento industrial e tecnológico no setor automotivo, que tenham como objetivo a descarbonização da mobilidade e da logística. A ação integra o programa BNDES Rota 2030, com orçamento total de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos.

Para 2024, estão disponíveis R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis, a serem investidos em projetos que contemplem, ao menos, um dos temas a seguir: baterias e powertrains (trens de força) de baixa emissão, com foco em híbridos (elétricos + biocombustíveis), incluindo seus componentes e insumos críticos e as soluções para infraestrutura de recarga; descarbonização dos processos produtivos de veículos, componentes, insumos críticos e materiais estratégicos (a exemplo de aço verde, alumínio e novas ligas especiais); e biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves e pesados e em máquinas agrícolas (com destaque para as soluções de biometano, incluindo projetos-piloto de sua utilização).

“O BNDES Rota 2030 tem como finalidade ampliar a competitividade da indústria automobilística brasileira. Vamos estimular a inovação tecnológica, a capacitação da mão-de-obra e a geração de empregos qualificados, em linha com as prioridades de desenvolvimento definidas pelo governo do presidente Lula”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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“Vamos apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação, engenharia, estudos, testes, pilotos e certificações que, dentre outras ações, estimulem fontes de energia, produtos e processos que minimizem a emissão de CO2”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luís Gordon.

Em outubro do ano passado, BNDES e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assinaram um acordo de cooperação técnica que habilitou o Banco a captar R$ 40 milhões ao ano para serem utilizados em projetos da cadeia de fornecedores do setor automotivo. Com o acordo, o Banco passou a operar recursos dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030, que provêm, principalmente, da contrapartida de empresas beneficiadas por isenção de impostos na importação de peças e insumos não fabricados no Brasil, mas necessários à melhoria da eficiência energética da frota.

CRITÉRIOS — Os projetos a serem apresentados devem ser destinados a plataformas veiculares elegíveis, que são: máquinas agrícolas (biometano e outros biocombustíveis alternativos); pesados urbanos (elétricos e a GNV/biometano); leves (híbridos a etanol, elétricos e células de combustível); e pesados rodoviários (GNV/biometano, biodiesel e células de combustível).

As propostas de projetos poderão ser submetidas ao BNDES em qualquer momento do ano,através do ícone “Chamada Pública” disponível no Portal do Cliente, no site do Banco. A avaliação e priorização dos projetos considerará critérios como:

  • aderência aos focos temáticos e às plataformas veiculares elegíveis;

  • impacto econômico e ambiental da tecnologia;

  • desafios tecnológicos envolvidos;

  • grau de ineditismo da tecnologia a ser desenvolvida;

  • potencial de introdução das inovações no mercado;

  • aplicação potencial da tecnologia em outros setores;

  • cooperação na cadeia de fornecedores;

  • capacitação da equipe do projeto e da instituição de pesquisa;

  • alinhamento com outras políticas públicas.

PROJETOS — Os projetos devem ser propostos por instituições de pesquisa, que podem contar com a parceria de empresas intervenientes, e devem ter valor mínimo de R$ 10 milhões por operação. Em projetos com a participação de montadoras, será obrigatória a participação de pelo menos uma empresa da cadeia de fornecimento de componentes e insumos críticos. O Banco terá participação máxima de até 80% do valor dos itens financiáveis; e de até 90% para projetos ou empresas sediadas nas regiões Norte e Nordeste.

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