DA REDAÇÃO
O presidente da Unimed Cuiabá, Carlos Bouret, as próximas ações da cooperativa serão colocadas em prática logo após a assembleia geral ordinária. Segundo o médico, o objetivo é reverter o déficit fiscal. Ele garante ainda que o consumidor não sentiu e não vai sentir nada de diferente na qualidade dos serviços prestados.
Nas últimas semanas foi divulgado o resultado de uma auditoria independente contratada pela Unimed Cuiabá, que detectou uma fraude superior a R$ 400 milhões. De acordo com o relatório apresentado, o prejuízo é referente a contratos abusivos, sonegação fiscal e adiantamento a prestadores realizados na gestão anterior da cooperativa.
Segundo Bouret, o plano de ações será apresentado em assembleia geral ordinária, marcada para o próximo dia 27, quando os 1,4 mil cooperados vão definir as propostas para reverter o déficit fiscal.
“Vamos discutir o prejuízo do último balanço e definir a reposição das perdas ou adoção de um plano de trabalho para readequação das finanças ao longo do ano vigente para constituição de reservas e que atenda às normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Todas as possibilidades estão sendo estudadas para que possamos escolher o melhor caminho”, destacou Bouret.
As inconsistências contábeis foram descobertas após fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que por reiteradas vezes questionou os números apresentados pela gestão do ex-presidente Rubens de Oliveira, mas não obteve respostas.
Segundo Bouret, os atendimentos da Unimed Cuiabá para os cerca de 220 mil usuários não serão comprometidos. A receita anual da cooperativa gira em torno de R$ 1,5 bilhão.
“Trabalhamos muito o relacionamento com o usuário, dando retorno e esclarecendo dúvidas sobre exames, entre outras ações. A transparência é fundamental para mostrar que o consumidor não está sendo ludibriado, além de aumentar a fidelização e diminuir a judicialização dos casos”, explicou o presidente.