PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Acusados de planejar e executar o assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e seu filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, tornaram-se réus pelo crime de feminicídio ocorrido em 22 de abril, na casa da vítima, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.
A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Rinaldo Segundo, com base em indícios de que Benedito e seu filho planejaram juntos o assassinato de Heloysa, que era enteada de Benedito. Após o crime, os suspeitos teriam ocultado o corpo da adolescente em um poço de água.
O juiz Francisco Ney Gaiva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu a denúncia e tornou os acusados réus. Na decisão, o magistrado enquadrou os crimes nas seguintes qualificações: feminicídio, lesão corporal, roubo qualificado, extorsão e ocultação de cadáver.
Benedito foi preso ao acompanhar a mãe de Heloysa em uma unidade de saúde, enquanto fingia preocupação. A tentativa de culpar a ex pelo crime foi descartada pelas autoridades. Durante os depoimentos, Gustavo afirmou que o pai o incitou a matar a namorada e autorizou o roubo de móveis como pagamento.
Ambos seguem presos preventivamente na Penitenciária Central do Estado (PCE), em celas separadas e sob segurança máxima.
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Entenda o caso
Aos 16 anos, Heloysa Maria de Alencastro Souza foi encontrada morta na noite de 22 de abril, dentro de um poço no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. O caso, inicialmente tratado como roubo e sequestro, passou a ser apurado como feminicídio quando a perícia constatou que a vítima foi estrangulada com um cabo de celular antes de ser lançada ao fundo do poço.
Durante as diligências, um adolescente de 17 anos foi apreendido e confessou ter atuado sob ordens do padrasto de Heloysa, Benedito Anunciação de Santana, com a colaboração do filho dele, Gustavo, e de outro menor de 16 anos. Benedito e seu filho responderão por feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores, enquanto os outros envolvidos serão acusados por ato infracional análogo aos mesmos crimes, exceto corrupção de menores.
O laudo preliminar da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) também revelou lesões genitais recentes compatíveis com violência sexual sofrida pela jovem ainda em vida, e confirmou a asfixia mecânica por estrangulamento como causa da morte, executada a mando do padrasto.
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