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Política e Judiciário Sexta-feira, 07 de Março de 2025, 14:19 - A | A

07 de Março de 2025, 14h:19 A- A+

Política e Judiciário / MORTE DE ADVOGADO

Garcia fala em "cortar na própria carne" e nega vazamento de operação para beneficiar ex-segurança de governador

Secretário lamentou o envolvimento de policiais militares em um crime de tamanha repercussão

R.BLATZ
DA REDAÇÃO

"Se precisar cortar na própria carne, nós vamos cortar. Nós não vamos passar a mão na cabeça de bandido nenhum". A declaração é do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, após a prisão de policiais militares acusados de envolvimento na morte do advogado Renato Nery, em julho do ano passado, em Cuiabá.

Entre os policiais presos está Wailson Alesandro Medeiros Ramos, ex-segurança do governador Mauro Mendes, cuja exoneração foi publicada um dia antes da deflagração da Operação Office Crimes: A Outra Face, conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quinta-feira (6).

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Além de Ramos, a operação resultou na captura dos policiais Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins, e do caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o suposto executor do crime. O militar Heron Teixeira Pena Vieira, outro acusado, segue foragido.

Em entrevista à imprensa, Garcia garantiu que o Governo de Mato Grosso não hesitará em tomar medidas contra qualquer servidor envolvido em atividades criminosas, independentemente do cargo que ocupe.

"Nada fica embaixo do tapete. Se alguém fez algo errado, será punido exemplarmente, esteja no gabinete do governo ou fora dele", afirmou o secretário.

Garcia também esclareceu que a exoneração de Ramos foi uma decisão a pedido do próprio policial, formalizada em 27 de fevereiro, e negou que houve vazamento de informações que permitisse a antecipação das prisões.

“O importante é que a gente está desvendando mais um crime de homicídio no Estado de Mato Grosso, em Cuiabá. Essa é a questão mais relevante. [Se tivesse tido vazamento] não teria sido um êxodo [a operação], com apreensão de celular, armamento”, afirmou.

Por fim, o secretário lamentou o envolvimento de policiais militares em um crime de tamanha repercussão, destacando a complexidade de controlar as ações de servidores fora do ambiente de trabalho.

“A gente, na verdade, fica chateado de um cidadão, de um ser humano se propor, se dispor a fazer isso, mesmo passando por todo o treinamento que um policial passa, que tem que defender a sociedade”, concluiu Garcia.

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