PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta quarta-feira (20), o Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã do Governo de Goiás, em parceria com prefeituras, entidades e governo federal, apresentou seus primeiros resultados. Durante evento, no município de Flores de Goiás, a coordenadora do Goiás Social e primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, realizou a colheita simbólica de maracujá em uma das propriedades beneficiadas pelo projeto, visitou uma das dez áreas já irrigadas para o cultivo de maracujá e manga e conversou com produtores envolvidos.
“O que queremos é que todo assentado tenha condições de produzir e receber o rendimento da sua terra”, disse Gracinha.
As frutas foram escolhidas estrategicamente para a região em função do formato do terreno, clima e volume de água disponível. Além de Flores, o projeto contempla os municípios de Formosa e São João D’Aliança.
“É um sonho ver esse Nordeste Goiano produzindo, sendo referência no Brasil. A gente tem trabalhado todos os dias para isso”, afirmou a primeira-dama.
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Fruticultura do Vão do Paranã
O Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, conduzido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) do Governo de Goiás, está mostrando resultados tangíveis. Através da instalação de sistemas de irrigação em propriedades rurais localizadas em municípios da região Nordeste do estado, os produtores estão agora cultivando plantações de manga e maracujá.
O projeto é uma resposta ao compromisso do Governo de Goiás de corrigir distorções regionais, conforme explicou o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende. “A partir de 2020, a determinação era que pudéssemos elaborar e executar políticas públicas em favor do Nordeste Goiano, que até pouco tempo atrás era considerado um dos maiores bolsões de pobreza do Brasil. Hoje, a realidade social foi transformada”, frisou.
O objetivo da iniciativa é estimular a inclusão produtiva, especialmente, de produtores oriundos da agricultura familiar e de comunidades tradicionais, e aumentar a produtividade agrícola e a geração de emprego.
Esse avanço não apenas diversifica a produção agrícola na região, mas também promove a utilização eficiente dos recursos hídricos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agricultura local. Este é um exemplo positivo de como investimentos estratégicos podem impulsionar o crescimento econômico e fortalecer o setor agrícola em Goiás.
Os primeiros plantios irrigados tiveram início em dezembro de 2023. A segunda etapa do projeto terá investimentos de R$ 8,3 milhões, com contrapartida da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), empresa pública vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
“Vemos o potencial que nosso município tem nessa primeira colheita, que foi antecipada”, assinalou o prefeito de Flores de Goiás, Altran Avelar.
Cerca de quatro meses após o plantio da primeira fase, as plantas de maracujá cultivadas pelos produtores rurais Luciana de Neves e Edgar Sousa, no município de Flores de Goiás, estão carregadas de frutos.
Para Luciana, a oportunidade de participar do projeto e o florescer dos primeiros maracujás são motivos de enorme alegria. “Estamos muito felizes por fazer parte desse grande projeto, e mais felizes ainda vendo os primeiros frutos, e que lindos frutos!”.
A expectativa é que venha muito mais de onde vieram os primeiros, uma vez que a produção atual representa cerca de 30% do potencial completo da planta, conforme explica o assessor técnico da Gerência de Agricultura Irrigada da Seapa, Alisson Luis Ferreira.
“O pico de produtividade da plantação ainda não foi atingido, o que vai acontecer em cerca de dois meses”.
A área irrigada no Vão do Paranã tem capacidade de produzir 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ano. Beneficiária da ação, Luciana das Neves acredita que a irrigação permite uma vida melhor no assentamento rural. “O sonho era morar e trabalhar aqui. Até então não tinha sido possível porque a renda que tínhamos não era suficiente. Agora vamos viver bem”, disse.
Quanto às perspectivas futuras, Luciana conta que espera alcançar uma vida com mais dignidade por meio da venda dos frutos produzidos graças à fruticultura irrigada. “Eu também espero que cada vez mais pessoas abracem esse projeto, que é uma grande oportunidade para mudar a atual realidade da nossa região”.