ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O leilão para a compra do arroz importado que havia sido descartado anteriormente, pode ser retomado, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O ministro afirmou que um grupo formado por integrantes do Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Conab está em contato com produtores para monitorar o preço do alimento. Se não houver redução significativa, um novo leilão poderá ser realizado.
Apesar do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSDB) ter afirmado que a situação está normalizada, com preços e abastecimento sob controle, Teixeira destacou que a decisão final dependerá da evolução dos valores, especialmente nas capitais do Nordeste, onde o custo do produto ainda é elevado.
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Duas tentativas anteriores de leilão foram frustradas. Na primeira, foi suspenso por falta de interessados. Na segunda, cancelado devido a suspeitas de irregularidades, resultando na queda de Neri Geller, que era secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura.
O governo Lula está em negociação com os produtores e monitorando semanalmente os preços do arroz.
Cerca de 70% do arroz consumido no Brasil é produzido no Rio Grande do Sul, e tanto o governo estadual quanto os produtores locais têm se manifestado contra o leilão, alegando concorrência desleal. A proposta inicial do Palácio do Planalto era comprar arroz para reduzir o preço do pacote de 5 kg para cerca de R$ 2,40 por kg, o que gerou desgaste com os agricultores gaúchos e acusações de leilão dirigido.
“O edital para compra de arroz está pronto. Os produtores de arroz nos procuraram e disseram: ‘Diga para a gente aonde o preço estiver alto que a gente abastecerá’. E esta semana nós vamos dizer a eles: ‘Olha como está o preço nas capitais do Nordeste’. Porque aumentou em 16% em Fortaleza. Vamos dizer a eles que então coloquem esse produto para diminuir o preço do arroz", diz o ministro. "Se o preço do arroz chegar num patamar adequado, esse leilão é desnecessário. Caso não chegue no patamar adequado, e nós estamos fazendo um monitoramento semanal, acho que o único meio que nos resta é comprar e, com isso, ter instrumentos para garantir um preço de arroz mais adequado ao bolso do povo brasileiro."
Reforma tributária - “Eu conversei com o Bernardo Appy (secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda). E ontem nós conversamos com o deputado Reginaldo Lopes (relator da regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados). Nós fizemos três pedidos a eles. Primeiro: tributar fortemente os ultraprocessados, para que eles tenham uma tributação forte que subsidie o alimento in natura, tirar tributo do alimento in natura. Segundo: tributar os refrigerantes fortemente. Porque o refrigerante ele toma lugar do leite, ele toma lugar da fruta, do suco natural. E tributar os agrotóxicos. Quanto mais periculoso for, ele tem que ter uma tributação mais forte. Tirar a tributação dos bioinsumos. Porque você ai estimula uma transição para uma agricultura saudável, para uma agricultura biológica, saindo dos agrotóxicos.”
Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro: