PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
na manhã desta sexta-feira (20), o diretor comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VC) Alessandro Macaúbas Leite de Campos e o vereador Pablo Pereira (União Brasil) foram levados para audiência de custódia como parte das investigações da Operação Gota d’Água deflagrada nesta manhã, liderada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Mato Grosso, que visa combater um esquema criminoso envolvendo irregularidades na administração do DAE.
Durante a operação, foram cumpridos 123 mandados judiciais, incluindo prisões preventivas, buscas e apreensões, além da suspensão de funções públicas. Uma das principais medidas tomadas foi a intervenção imediata do município na diretoria comercial do DAE, com o objetivo de restaurar a normalidade no fornecimento de água e tratamento de esgoto, que teriam sido comprometidos pelo esquema investigado.
Entre as ordens judiciais, destacam-se 25 mandados de busca e apreensão e 11 prisões preventivas. Quinze servidores da Diretoria Comercial do DAE, um servidor da Câmara de Vereadores e um funcionário de uma empresa terceirizada foram afastados. Também houve determinação de afastamento do mandato parlamentar para um vereador.
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As investigações revelaram fraudes, incluindo a cobrança de valores indevidos por serviços que deveriam ser gratuitos, resultando em um prejuízo estimado de R$ 11,3 milhões desde 2019. Foram sequestrados seis imóveis e 26 veículos, além do bloqueio de contas dos investigados.
A operação também revelou práticas corruptas no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG), como a criação de obstáculos artificiais para a ligação de água, além de cobranças de propinas feitas por servidores. Essas ações teriam ocorrido com o conhecimento e envolvimento do diretor comercial Alessandro Macaúbas Leite de Campos, apontado como um dos líderes do esquema criminoso. O vereador Pablo Pereira (União Brasil), considerado co-líder, teria utilizado sua influência política para favorecer o grupo.
Diante dessas descobertas, foram enviadas cópias das investigações ao Ministério Público Eleitoral, com o objetivo de avaliar possíveis implicações na campanha de reeleição do vereador. A operação, que já ouviu mais de 80 testemunhas e recolheu diversos documentos, continua a apurar a extensão do esquema, visando restabelecer a legalidade no setor de abastecimento de água e tratamento de esgoto no município.
Acompanhe o vídeo do momento da prisão de Alessandro Macaúbas Leite de Campos: