PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na esteira da “Operação Office Crimes - A Outra Face”, deflagrada nesta quinta-feira (5), o 3º sargento da Força Tática, Heron Teixeira Pena Vieira, segue foragido em meio as investigações que apuram sua suposta ligação no assassinato do advogado Renato Nery.
Além disso, o militar também estaria vinculado a um esquema criminoso formado por milicianos, grupo que, em 2022, teria ceifado a vida de 24 pessoas e tentado matar outras quatro.
Além dessas acusações, o sargento já havia sido condenado, no ano passado, a 8 anos de reclusão por associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
As autoridades intensificam as operações de busca, visando não só a captura do suspeito, mas também a elucidação completa dos crimes investigados.
Durante a operação realizada nesta quinta-feira (05), os policiais civis da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP) prenderam Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro de uma chácara localizada no bairro Capão Grande, em Várzea Grande, além dos policiais militares Wailson Alesandro Medeiros Ramos (ex-segurança do governador Mauro Mendes, da União), Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.
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Operação Simulacrum: falsos confrontos em Mato Grosso
No dia 31 de março de 2022, o sargento Heron també foi alvo da Operação Simulacrum, deflagrada pela Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público de Mato Grosso, com objetivo de desarticular um esquema que envolvia policiais militares supostamente integrados a uma milícia. A ação, que expôs a prática de simulação de confrontos em Cuiabá e Várzea Grande, eventos que teriam servido de pretexto para a execução de 24 pessoas, resultou no cumprimento de 81 mandados de prisão temporária e 34 de busca e apreensão.
Segundo as investigações, o modus operandi dos militares incluía a colaboração de Ruiter Candido da Silva, um segurança particular que atraía indivíduos para a prática de “pseudos crimes patrimoniais”. Em locais isolados, onde os policiais já aguardavam, as vítimas eram abordadas e executadas, sob a justificativa de que estariam ocorrendo confrontos policiais.
As investigações seguem para esclarecer a extensão das conexões de Heron com um suposto “grupo de extermínio” e seu envolvimento em crimes que incluem a morte do advogado Renato Nery, associadas ainda a antecedentes de condenação por associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
As autoridades intensificam a busca pelo militar, enquanto a operação segue na tentativa de desmantelar a rede de ilícitos que envolve tanto membros da corporação quanto aliados em outras esferas.